A privatização da TAP só vai avançar quando o Governo Português sentir que as propostas são vantajosas tanto para os interesses do país como para a companhia, não estando, por isso, com pressa para privatizar a transportadora aérea.
O Governo assumiu que não tem “nenhuma pressa nem nenhuma urgência” na privatização da companhia aérea. “Ela só ocorrerá quando todas as condições para o seu sucesso estiverem razoavelmente garantidas”, declarou António Pires de Lima, ministro da Economia.
“A nossa visão para a TAP é uma TAP que defenda o interesse estratégico de Portugal. Tem que ser privatizada com todas as garantias estratégicas que a empresa continua a ter uma marca portuguesa que garante o hub de Lisboa tanto para África como para a América Latina”, disse o ministro durante a comissão parlamentar de economia e obras públicas, que decorreu esta semana na Assembleia da República em Lisboa.
“A TAP é a maior empresa transportadora para o Brasil. Tem quase 90 voos semanais. Tem mais do que a Iberia e a Air France juntas para o Brasil”, sublinhou.
O ministro defendeu a necessidade de privatizar a transportadora aérea de forma a tornar-se mais competitiva no mercado da aviação global. “Para poder continuar desenvolver-se e crescer, tem de aumentar os seus capitais para poder ser mais agressiva no desenvolvimento das suas rotas e poder competir com empresas internacionais”.
“É esta a visão para a TAP, uma empresa que deve ter capitais suficientes para poder continuar a crescer, mas controlando os seus activos estratégicos para que continue a ser uma boa empresa nacional”, defendeu o governante.
- A TAP iniciou no passado dia 1 de Julho uma nova rota para a América Latina. O novo voo, que terá quatro frequências semanais, tem partida de Lisboa e escala nos Aeroportos de El Dorado, em Bogotá (Colômbia) e de Tocumen, na Cidade do Panamá. A imagem mostra o CS-TON da TAP na sua primeira escala em Bogotá. Foto do ´spotter´colombiano Javier Franco Topper/‘Loadmasters, Pilots, Spotters’