O fundo financeiro britânico Greybull Capital, dono da companhia aérea Monarch Airlines, está nesta sexta-feira, dia 30 de setembro, a fazer um derradeiro esforço junto das entidades britânicas reguladoras do transporte aéreo, para evitar o encerramento da transportadora aérea a partir da meia-noite. (LINK notícia posterior atualizada)
Os rumores confirmam-se e a companhia tem de negociar concretizar uma injeção de capital que permita a apresentação de uma garantia bancária que assegure a continuidade da licença ATOL (Air Travel Operators’ Licence) necessária para embarcar passageiros em voos consolidados pelos operadores turísticos.
Teoricamente, noticiou nesta sexta-feira o jornal britânico ‘The Guardian’ a companhia não necessita da licença ATOL para transportar de regresso os passageiros ao Reino Unido, mas a sua caducidade implica a proibição de embarcar os turistas britânicos que já compraram os seus pacotes de viagens e que devem tomar um voo da Monarch.
A Greybull, que é controlada pelos irmãos Meyohas, está desde há várias semanas em conversações com bancos e investidores, na busca de uma solução que mantenha a companhia em funcionamento, porque, na verdade, não faltam contratos, nem perspetivas de passageiros. O problema é a dívida acumulada e a falta de liquidez do fundo que detém 905 do capital da empresa.
Contudo, há esperança de que a CAA (Civil Aviation Authority), autoridade nacional de aviação no Reino Unido, possa resolver, temporariamente a situação, dando à Monarch uma licença temporária suficiente para resolver os seus problemas. Isso aconteceu há dois anos quando a Greybull adquiriu a companhia à família suíça Mantegazza, num momento em que a Monarch estava completamente falida.
Chineses da Azul e da TAP na mesa das negociações?
Nas últimas horas tem-se falado muito de que os chineses do conglomerado empresarial Grupo HNA, donos de várias companhias aéreas e empresas internacionais relacionadas com transportes aéreos e turismo, e também com destacadas posições na Azul Linhas Aéreas Brasileiras e (futuramente) na TAP Portugal, poderão estar implicados nas negociações.
No prato da balança, contra a Monarch estará a falta de dinheiro e a próxima saída do Reino Unido da União Europeia. A favor da HNA a possibilidade de entrar no Reino Unido, país fora dos compromissos europeus, e uma percentagem importante do tráfego de passageiros em férias para conhecidos destinos no Mediterrâneo, Norte de África e ilhas atlânticas.
O jornal ‘Manchester Evening News’, na sua edição digital, refere que fontes da companhia têm se manifestado otimistas quanto à resolução deste problema e admitem a prorrogação da licença ATOL por mais algumas semanas, pois há investidores interessados.