Morreram 13 militares dos EUA em explosões nos arredores do Aeroporto de Cabul

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Duas violentas explosões ocorridas ao princípio da noite desta quinta-feira, dia 26 de agosto, nos arredores do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul, capital do Afeganistão, provocaram a morte de 12 ‘marines’ e de um médico da Marinha dos Estados Unidos da América, entre os cerca de 60 mortos e dezenas de feridos registados nos atentados desta quinta-feira. Pelas 19h00 UTC há registo de uma nova grande explosão em Cabul, a terceira, mas não são conhecidas vítimas, nem tão pouco o local onde terá acontecido.

A primeira explosão, junto de uma das entradas do aeroporto está atribuída a um suicida. A segunda terá acontecido poucos minutos depois num hotel, próximo de um dos acessos à estrutura aeroportuária.

Estes atentados, que vitimaram afegãos, militares norte-americanos e seguranças talibãs, ocorrem depois do Pentágono dos EUA (sede de toda a estrutura militar e de segurança norte-americana) ter detetado uma potencial ameaça de segurança, na madrugada desta quinta-feira (hora local).

A maioria dos militares dos EUA e das forças da NATO já tinham recuado para dentro do aeroporto e avisaram os cidadãos ocidentais para evitarem as entradas das estruturas aeroportuárias, face a uma ameaça do ‘Islamic State Khorasan (ISIS-K), uma célula do autodenominado Exército Islâmico, também inimiga dos Talibãs.

Um diplomata ocidental disse à ‘Reuters’ que, não obstante os avisos das forças dos EUA e da NATO, milhares de pessoas continuam a aglomerar-se junto dos acessos ao Aeroporto Internacional Hamid Karzai, na esperança de conseguirem lugar num dos voos de evacuação para o exterior do país. À volta do aeroporto foi montado um cordão de segurança e controlo que é da responsabilidade dos Talibãs, que se preparam para assumir o poder no Afeganistão, no próximo dia 1 de setembro.

Com os voos que serão, possivelmente, realizados nesta quinta-feira, dia 26 de agosto, os EUA esperam atingir um número de evacuados na ordem dos 100 mil, que foram levados para bases militares em países limítrofes e na Alemanha, e daí, para os Estados Unidos e para outros países que se disponham a receber os refugiados afegãos. No caso de Portugal, o Governo de Lisboa anunciou nesta quinta-feira, que está disponível para acolher até 300 pessoas.

Já na madrugada desta sexta-feira, dia 27 de agosto, os serviços de informação pública das Forças Armadas dos EUA disseram que tinha morrido um dos ‘marines’ que estava ferido em Cabul. A lista de falecidos vítimas dos atentados subiu para 13, sendo 12 ‘marines’ e um médico da Marinha. Estão na capital afegã 18 militares norte-americanos, considerados feridos graves em consequência das explosões, que deverão ser embarcados nas próximas horas num avião de transporte militar Boeing C-19 adaptado para hospital, que inclui um bloco cirúrgico de campanha, que levará os feridos para a Alemanha, onde serão tratados no Hospital Militar da Base Aerea de Ramstein.

 

Força Aérea da Alemanha retirou de Cabul os quatro aviões Airbus A400M – missão terminada

O último voo do A400M da Luftwaffe oriundo de Cabul, aterrou no Aeroporto de Tachkent, no Uzbequistão, pelas 19h47 da Alemanha (17h47 UTC). Foto © Luftwaffe.

A Força Aérea da Alemanha (Luftwaffe) noticiou nesta quinta-feira que já retirou de Cabul os quatro aviões de transporte militar Airbus A400M, que, nos últimos dias, evacuaram para o Aeroporto de Tachkent, na República do Uzbequistão, centenas de militares e cidadãos alemães que se encontravam no Afeganistão. A missão foi dada por terminada.

O transporte para a Alemanha está a ser assegurado por voos fretados à Lufthansa pelo Governo alemão.

 

  • Notícia atualizada às 00h10 UTC de sexta-feira, dia 27 de agosto.

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