A Venezuela mantém a proibição de viagens aéreas ou marítimas entre as fronteiras do país e das ilhas de Curaçau, Aruba e Bonaire, nas Antilhas Holandesas, devido ao grande contrabando de produtos e mercadorias, nomeadamente de primeira necessidade, encaminhados para as ilhas de administração holandesa por bandos organizados de ladrões que atuam na zona, com inevitáveis prejuízos para o Povo Venezuelano.
A proibição, que tinha sido declarada no passado dia 5 de janeiro, por quatro dias, foi prolongada na terça-feira passada, dia 9, até que a situação seja clarificada, tendo o Presidente Nicolás Maduro exigido que delegações oficiais se reúnam e decidam um programa de combate a esta situação, conhecida, aliás, desde há muito.
Na quinta-feira passada, dia 11 de janeiro, os governos da Venezuela e Holanda reuniram-se em Aruba para tomar medidas para combater o contrabando de “material estratégico” denunciado pelo Presidente venezuelano.
Foi negociada uma minuta de compromisso entre as partes que será agora apresentada para aprovação superior em Caracas e em Haia (capital política da Holanda) e que voltará à mesa de reuniões no próximo dia 18 de janeiro.
Entre os pontos abordados na reunião entre as delegações lideradas por Wilmar Castro Soteldo, vice-presidente da Venezuela para a área económica, e Evelyn Wever-Croez, primeira-ministra do Governo Autónomo de Aruba, há uma atenção muito particular para os bandos de ladrões que roubam equipamentos e outros bens na Venezuela e depois os comercializam nas Antilhas Holandesas. Evelyn Wever-Croez reconheceu essa situação e proibiu, para já, a compra de cobre que não esteja certificado pelas fábricas e entidades competentes.
A situação será normalizada logo que as entidades aduaneiras de todas as partes inspecionarem os produtos transacionados, verificarem a legalidade das importações e respetivos certificados de origem, e imporem as respectivas taxas alfandegárias.
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