O presidente da Câmara Municipal da Horta, Carlos Ferreira, “não coloca em cima da mesa a hipótese do Faial deixar de ter ligações diretas para Lisboa”.
Esta foi a posição manifestada pelo autarca da Horta, capital da ilha do Faial, na Região Autónoma dos Açores, no final de uma reunião com presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, Luís Rodrigues.
Carlos Ferreira diz, citado numa nota de imprensa distribuída pela autarquia nesta quarta-feira, dia 23 de fevereiro, que a rota Lisboa-Horta-Lisboa é “rentável e não deficitária”, pois teve, nos últimos anos, um crescimento exponencial, referindo, a título de exemplo, o ano de 2019 em que “atingiu uma taxa de ocupação média anual de 80%”.
“Esta rota é uma condição de mobilidade da nossa população e de cumprimento do princípio da continuidade territorial”, frisou o presidente do município, adiantando ao presidente da SATA que a “autarquia da Horta não admite sequer a possibilidade de haver um retrocesso de mais de 35 anos”.
A nota de imprensa explica que Carlos Ferreira expressou a Luís Rodrigues que pretende que se valorize a rota Lisboa-Horta, mediante o aumento do número de voos e de lugares, por forma a “promover o destino, com tarifas mais equilibradas, que possam fazer os passageiros optar pela ligação direta de Lisboa à Horta e não efetuar escala em outras gateways da Região”.
Para o presidente da Câmara Municipal da Horta “a oferta de 10 voos semanais no próximo verão IATA não satisfaz as necessidades dos faialenses”, tendo reivindicado “14 voos semanais nos meses de julho e agosto”.
Da parte do presidente do Conselho de Administração da SATA, o autarca recebeu o compromisso de que iria “proceder a uma análise cuidada da situação, procurando sempre corresponder às necessidades da ilha do Faial e à missão da companhia aérea açoriana”, finaliza a nota de imprensa.