As entranhas dos insetos espalhadas na fuselagem criam resistência/arrasto, que por sua vez aumenta o consumo de combustível. Mas este problema poderá ter um fim no futuro com o revestimento anti-insetos que a NASA está a testar no Boeing ecoDemonstrator 757.
Os engenheiros da NASA e da Boeing passaram duas semanas em Shreveport, no Estado do Louisiana a testar cinco produtos diferentes que impedem os resíduos dos insetos de se agarrarem à estrutura das aeronaves, nomeadamente às asas.
A maioria dos insetos voa junto ao solo, por isso o 757 executou 15 voos do Aeroporto Reginal de Shreveport que incluíram várias descolagens e aterragens. Este local foi escolhido por ter uma população significativa de insetos. Um dos revestimentos foi particularmente eficaz registando uma redução de 40% de resíduos.
“Asas laminares são desenhadas para serem eficientes do ponto de vista aerodinâmico. Se houver uma acumulação de insetos o fluxo de ar passa de laminar a turbulento, causando arrasto. Uma aeronave desenhada para ter asas laminares consegue num voo de longa distância poupar 5 a 6% em combustível”, explicou a perita em materiais e cientista da NASA, Mia Siochi.
Na foto :
A cientista de materiais da NASA Mia Siochi, o Engenheiro de Sistemas da Agencia Lagley Reseach e o técnico da Boeing Félix Boyett quantificam a quantidade de insectos presentes na asa de um Boeing 757 Eco Demonstrator depois de um voo de teste no aeroporto de Shreveport, no Louisisana, Estados Unidos
Foto: NASA/Paul Bagby