Promover a inter-operacionalidade entre as forças da NATO – um ponto-chave para os desafios de segurança futuros – constitui a base para o treino de prontidão operacional Trident Juncture 2015 (TJ15), o maior exercício da NATO desde 2002. Até ao dia 6 de Novembro, seis países aliados – Canadá, Dinamarca, Alemanha, Noruega, Portugal e os Estados Unidos – assim como dois parceiros – Finlândia e Suécia – irão levar a cabo um treino aéreo para aprimorar as suas especialidades e capacidades operacionais a partir da Base Aérea de Beja. Vão elaborar cenários transfronteiriços no espaço aéreo de Portugal, Espanha e Itália, providenciando um treino de elevado valor a nível táctico. “Dada a envergadura e complexidade do exercício, é importante que o Allied Air Command (ACO) esteja profundamente envolvido no planeamento e na execução do exercício”, frisou o comandante do Comando Local de Operações, coronel George Giapitzis. “Estou aqui com uma equipa de oficiais do ACO e também do país anfitrião, Portugal, para controlar a execução do exercício ao nível táctico.”
“Ao nível táctico, que constitui o propósito deste exercício, temos as melhores oportunidades para as tripulações das nossas esquadras treinarem num ambiente complexo e exigente, diferente para a maioria dos participantes, nomeadamente, os do norte e do resto do mundo. É um treino das nossas capacidades de inter-operacionalidade entre a Aliança e os países membros”, explicou o coronel George Giapitzis, da Força Aérea Grega e colocado no Allied Air Command, em Ramstein. A realização do exercício em três países constitui “outro grande desafio para a coordenação entre as três nações e um desafio também para as tripulações, que têm de voar em três espaços aéreos, onde se aplicam regras diferentes. É muito desafiante para nós”, sublinha. “Este exercício destina-se a reforçar a prevenção de segurança nos países da NATO e isso reflecte-se na complexidade dos cenários traçados. Consubstancia o nosso compromisso com a segurança em toda a Aliança.”
Relativamente às missões de voo em Portugal, George Giapitzis explica que “parte do exercício é efectuado a partir de Beja e no espaço aéreo da nação anfitriã, mas também há voos entre dois países (Portugal e Espanha, em particular). Muitos aviões estão a voar em Espanha e também usamos as instalações da base de Albacete.” Entre as cerca de 40 aeronaves presentes em Beja, destaque para os F-16, EH-101 e P-3C, de Portugal; os F-16, HC-130P e HH-60, dos Estados Unidos; os JAS 39 Gripen, da Suécia; C-130J, da Dinamarca; CC-130J, do Canadá; Transall C-160, da Alemanha; os F-16, da Noruega; e os F-18 da Finlândia. Estes aparelhos farão, na sua grande maioria, missões COMAO (Composite Air Operation).
Quando os aviões envolvidos no exercício militar da NATO Trident Juncture 2015 chegaram à Base Aérea Nº11, em Beja, o comandante da BA11, coronel Teodorico Lopes recebeu as diferentes forças individualmente, sublinhando a importância do TJ15 para futuros destacamentos. Nenhuma força aérea voa sozinha. De facto, durante as operações em curso, a maioria das missões são voadas sob a bandeira da NATO. Partilhar recursos, treinos, procedimentos e conhecimentos tornou-se regra. É por isso que as missões de treino apelam para uma confiança e prontidão mútuas, acrescentou o coronel Lopes. “Divirtam-se aqui em Beja, durante o TJ15, disfrutem do ambiente multinacional, aprendam uns com os outros e, o mais importante, voem em segurança”, concluiu o coronel Lopes.
O TJ15 reúne cerca de 36 mil pessoas (de mais de 30 países), 140 aeronaves, 60 navios e sete submarinos, distribuídos pelos três países anfitriões.
Na final do Trident Juncture 2015, o Quartel-general do Comando de Forças Conjuntas Brunssum será oficialmente certificado para liderar a NATO RESPONSE FORCE ao longo de 2016, caso seja ativada.
Para seguir a actividade do exercício, consulte os seguintes links:
Site oficial Trindent Juncture: www.tj15.nato.int
Página de Facebook HQ AIRCOM: facebook.com/hqaircom
Site oficial HQ AIRCOM: www.ac.nato.int
Página de Facebook JFCBS: facebook.com/jfcbs
Fotos: André Garcez e Jorge Ruivo