A nova companhia Norwegian Air Argentina, subsidiária da Norwegian Air Shuttle, que é presentemente a terceira maior empresa de transporte aéreo de baixo custo na Europa, tem objetivos grandiosos para a sua anunciada operação na América do Sul.
Segundo revelou o jornal digital ‘Reportur’ (edição argentina), a nova empresa vai investir no País cerca de 4.300 milhões de dólares norte-americanos em 70 aviões de passageiros que ficarão posicionados na Argentina nos próximos cinco a oito anos. A operação será iniciada com seis aeronaves. Logo que o plano de negócios esteja totalmente implementado, a Norwegian Air Argentina terá criado cerca de 3.200 novos postos de trabalho diretos. Há também uma previsão de que a entrada do grupo europeu no ‘País do Tango’ dê origem a cerca de 52.000 postos de trabalho indiretos.
A ANAC/Argentina recebeu um pedido da Norwegian para operar um total de 155 rotas que ligarão 100 cidades argentinas entre si e a outros aeroportos do mundo. A nova companhia prevê operar 80 voos internacionais desde os aeroportos de Buenos Aires, Córdoba, Mendonza e Rosário. Nos voos domésticos a companhia terá 75 rotas consideradas de cabotagem, sendo que 41 delas terão escala em Buenos Aires, capital da Argentina.
Num comunicado distribuído na semana passada a Norwegian diz que pretende negociar uma redução das taxas aeroportuárias nos aeroportos argentinos. Pretende baixar entre 30 a 50 por cento, em relação aos preços atuais, colocando-as mais aproximadas com os valores cobrados nos aeroportos europeus e mais adequadas ao esquema de rotas que quer operar.
Na Argentina há uma grande expectativa em saber como se irá comportar, em termos operacionais e comerciais, o transporte aéreo de passageiros no país a partir de 2018. Além da Norwegian há outras companhias de baixo custo, de iniciativa nacional, a se aprontarem no mercado. A ANAC/Argentina tem presentemente em mãos mais de 500 pedidos de novas rotas aéreas.
Não obstante o país contar com cerca de 44 milhões de habitantes e receber cerca de seis milhões de turistas por ano (metade dos quais chegam de avião), há a ideia de que a oferta poderá ser muita ou, arrastar para uma situação ainda mais difícil as finanças da Aerolíneas Argentinas, companhia estatal de bandeira do país. Com prejuízos relevantes nos últimos anos, a empresa iniciou uma reestruturação importante em toda a sua organização, não só em termos de reposicionamento de rotas e de pessoal, como também na modernização de equipamentos, estando a receber neste ano diversos aviões novos.