A Avianca Brasil (OceanAir Linhas Aéreas) conseguiu na manhã desta segunda-feira, dia 17 de junho, após sessão de julgamento na Segunda Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), autorização para realizar o leilão dos seus ativos, condição indispensável para a companhia aérea cumprir o plano de salvamento financeiro aprovado pelos credores no passado dia 5 de abril, anunciou nesta tarde a rede ‘Globo’.
Três juízes desembargadores “analisaram a liminar concedida a uma das empresas credores da Avianca, a operadora de serviços aeroportuários ‘Swissport’, e que acabou suspendendo o leilão de ativos, inicialmente previsto para 7 de maio, poucas horas antes do certame”, refere a ‘Globo’.
A alegação da empresa ‘Swissport’ é a de que o plano de recuperação judicial aprovado pelos credores vai aumentar a concentração de mercado das concorrentes GOL e LATAM Airlines Brasil, que hoje detêm 69% do mercado de aviação civil brasileiro.
Dois dos desembargadores votaram a favor da pretensão da Avianca Brasil. A expectativa é que o leilão venha a realizar-se nas próximas semanas, dada a gravidade da situação financeira da companhia aérea.
O plano de recuperação judicial da Avianca Brasil, que tem uma dívida de mais de três bilhões [mil milhões] de reais (cerca de 778 milhões de dólares norte-americanos), prevê a divisão da empresa em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), espécies de ‘mini-Aviancas’ contendo slots e funcionários da companhia. GOL e LATAM já concordaram em aportar 70 milhões de dólares norte-americanos, cada uma, para adquirir duas dessas UPIs. A Azul, inicialmente interessada, retirou-se, alegando ‘jogo sujo’ entre as duas concorrentes para dominarem o forte mercado da ‘Ponte Aérea’ São Paulo-Rio de Janeiro e a distribuição dos slots do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.