A Boeing , a South African Airways (SAA) e a SkyNRG estão a colaborar entre si na produção de um biocombustível de aviação sustentável, a partir de um novo tipo de planta do tabaco.
Esta iniciativa amplia a cooperação entre a Boeing e a SAA, no desenvolvimento de um combustível renovável, e ajuda a África do Sul a alcançar os objectivos traçados para a saúde pública, bem como para o desenvolvimento económico e rural.
“É uma honra para a Boeing trabalhar com a South African Airways, num projecto pioneiro que visa fazer combustível de aviação sustentável a partir de uma planta do tabaco rica em energia”, declara J. Miguel Santos, director para a África, da Boeing International.
“A África do Sul está a liderar os esforços para comercializar uma nova, e valiosa, fonte de biocombustível capaz de reduzir ainda mais o impacto ambiental da aviação e promover a economia da região”, sublinha.
A SkyNRG está a expandir a produção da planta híbrida, conhecida como Solaris, como cultura energética, que os agricultores poderão cultivar em alternativa ao tabaco tradicional.
Os testes realizados nas fazendas revelam uma planta livre de nicotina. Inicialmente, o óleo das sementes vai ser convertido em combustível de jacto. Nos próximos anos, a Boeing espera emergentes tecnologias para aumentar a produção de biocombustíveis sul-africanos para a aviação, a partir do resto da planta.
“Ao usar tabaco híbrido, podemos alavancar o conhecimento de produtores de tabaco na África do Sul, no sentido de desenvolverem uma colheita de biocombustíveis comercializáveis, sem incentivar o tabagismo”, diz Ian Cruickshank, especialista em questões ambientais, da South African Airways Group.
“Acreditamos muito no potencial e sucesso da Solaris, na região sul africana, na criação de combustíveis sustentáveis, também mais acessíveis”, acrescenta Maarten van Dijk, director técnico da SkyNRG.
A Boeing é líder da indústria da aviação no desenvolvimento de biocombustíveis para a aviação sustentável, trabalhando com parceiros nos Estados Unidos, Europa, China, Oriente Médio, Brasil, Japão, África do Sul, Austrália e outros países.
Quando produzido de forma sustentável, o biocombustível para a aviação reduz emissões de carbono em 50 a 80 por cento.