O governo do Reino Unido anunciou neste sábado, dia 31 de outubro, um novo período de confinamento, que exigirá a quarentena de todos os viajantes. Entrará em vigor a partir da próxima quinta-feira, dia 5 de novembro, e estender-se-á até ao dia 2 de dezembro.
As restrições agora impostas, devido ao aumento do número de doentes infetados com a covid-19, estabelecem severas restrições às atividades consideradas não essenciais, desde o encerramento de bares a lojas, até ginásios, clubes desportivos, salões de beleza e museus, entre outros. As escolas, creches e universidades irão permanecer abertos, se bem que sujeitos a estritos regimes de controlo e fiscalização.
A medida, que em princípio abrange a Inglaterra, (mas que deverá ser seguida pela Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) também restringirá as viagens dentro e fora do Reino Unido, proibindo estadias em hotéis ou casas de terceiros para turismo, o que representará um novo golpe para a indústria da aviação comercial.
A falta de uma política de testes em massa para aqueles que chegam ao Reino Unido (forçando-os a ficar em quarentena por 14 dias) fez com que o Aeroporto de Londres/Heathrow perdesse a liderança como terminal aéreo europeu para o Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle, o que aconteceu pela primeira vez (LINK notícia relacionada).
O primeiro-ministro Boris Johnson apresentará a proposta para esta nova ‘quarentena’ à Câmara Baixa do parlamento britânico na próxima quarta-feira. Segundo uma reportagem transmitida pelo canal televisivo de notícias da BBC, a proposta reúne número suficiente de apoiantes e deverá ser aprovada.
Portugal é um dos destinos de férias mais prejudicados por esta medida do governo britânico, sabendo-se que as principais companhias de transporte aéreo de turistas tinham anunciado a reabertura dos seus voos em novembro, de diversos aeroportos britânicos para o Algarve e para a ilha da Madeira.
A Madeira está incluída no corredor verde pelas autoridades britânicas, o que confere aos turistas que visitam a ilha portuguesa o direito de regressar a casa sem terem de fazer quarentena.
As primeiras informações indicam que não haverá exceções, a partir de 5 de novembro, dada a gravidade da situação na Grã-Bretanha. As autoridades e os hoteleiros portugueses vão tentar argumentar junto das autoridades britânicas para que a atual situação não seja alterada, sobretudo numa ocasião em que a companhia aérea Jet2.com tinha anunciado a realização de 15 voos semanais para a ilha da Madeira à partida de oito aeroportos do Reino Unido.