Novo presidente da SATA pretende garantir estabilidade financeira

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O presidente indigitado para o conselho de administração da SATA afirmou nesta segunda-feira, dia 7 de dezembro, que o seu maior desafio será “evitar sobressaltos e garantir a estabilidade” financeira do grupo, acrescentando que aceitou o convite com “compromisso total”.

“O que se pretende para a SATA é estabilidade. Acho que há condições para resolver alguns constrangimentos. Tudo requer trabalho”, afirmou Paulo Menezes na audição da Comissão Permanente de Economia do parlamento dos Açores, na cidade de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

O Governo Regional dos Açores anunciou a 30 de novembro, em comunicado, que o atual presidente da administração da companhia aérea SATA, Luís Parreirão, vai deixar o cargo “por razões profissionais, relativas a um projeto empresarial privado”, sendo substituído pelo engenheiro Paulo Menezes (LINK nossa notícia anterior).

De acordo com a legislação em vigor, e porque a SATA é uma empresa pública, o parlamento dos Açores é chamado a dar parecer, mas que não é vinculativo, sobre a nomeação pelo Governo Regional para gestores de empresas públicas, antes de assumirem funções.

Questionado sobre o plano de estratégico da SATA (2015 – 2020), Paulo Menezes considerou tratar-se de um documento “bem estruturado e com muitas qualidades”, que já teve oportunidade de ler previamente, assegurando, no entanto, que estes documentos vão sendo “ajustados, afinados e corrigidos pela dinâmica das coisas”.

Paulo Menezes assumiu que terá de reler com “mais cuidado” o documento, com o qual concorda e que foi aprovado pelo anterior conselho de administração da SATA e pelo Governo Regional, como representante da região enquanto acionista único na empresa pública.

O presidente indigitado para a SATA disse que parte do princípio que a dívida da região à transportadora aérea será paga faseadamente até 2020, tal como já anunciou o secretário regional do Turismo e Transportes.

Quanto a alegadas ingerências da tutela na SATA, confessou ter muita dificuldade em entender o que são ingerências, lembrando que o acionista tem lugar próprio para dar orientações e, além disso, enquanto concedente de serviço público tem de “exigir e alertar para o cumprimento do contrato”.

“A intervenção do Governo Regional no passado era assim e no futuro espero que assim seja”, afirmou Paulo Menezes, acrescentando que fará da satisfação dos clientes da SATA um dos principais objetivos da sua gestão.

O relatório da Comissão Permanente de Economia, com a apreciação dos deputados e respetiva votação, será elaborado “até ao final desta semana”, disse o presidente da comissão, o socialista Francisco César.

Depois o documento será enviado ao Governo Regional.

O secretário regional do Turismo e Transportes disse no início de dezembro que o engenheiro Paulo Menezes dá “todas as garantias, pela sua competência, de vir a desempenhar um bom papel e prosseguir com o trabalho que está a ser feito na empresa, nomeadamente com a concretização do plano de negócios (2015 – 2020)”.

Paulo Menezes é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e, entre 1997 e 2004, exerceu as funções de diretor regional dos Transportes e Comunicações, com a tutela da área dos transportes aéreos e do grupo SATA.

 

  • Este texto tem como base uma notícia distribuída pela agência noticiosa portuguesa Lusa e publicada nas edições online da imprensa portuguesa.

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