Neste mês tive uma oportunidade simplesmente maravilhosa. Como todos os que acompanham a NewsAvia sabem, aconteceu em Portugal o primeiro encontro de aviação dos países lusófonos. No LusoAvia, foram apresentadas diversas instituições e ideias que nos trarão muito assunto para os próximos artigos. Questões que vão da empregabilidade à formação, do automatismo à regulação, e tantos outras inquietudes que surgem numa indústria jovem e dinâmica, e que uniu o planeta como nenhuma outra. Apesar de o blog “Dos Céus de Além-mar” se caracterizar por tratar com leveza a aviação, sem geralmente se aprofundar em questões muito técnicas – como já fiz muitas vezes em outros espaços – cabem sim aqui assuntos que interessam a todos que estão ligados profissionalmente à aviação, e o primeiro que abordaremos, já nos próximos textos, será a questão dos drones: até onde são um prelúdio para o fim dos pilotos? Há muita coisa interessante que foi debatida na LusoAvia e que será trazida para cá.
Mas, além das ideias, a LusoAvia foi uma oportunidade única de encontrar um lugar. Embora ligados por laços invisíveis, a maioria de nós, brasileiros, nunca pisou em Portugal, a pátria que nos deu a língua, boa parte da cultura e nos uniu a essa comunidade vasta e diversa da lusofonia. Graças aos “portugueses que descobriram os caminhos do mar” e iniciaram o irreversível processo da globalização quase seis séculos atrás, para o bem e para o mal, hoje são muitos os povos cuja noção de Europa passa obrigatoriamente pelo pequeno e valioso território português. Visitar Lisboa, ainda que no pouco tempo que sobrou dos três dias de congresso, foi encontrar uma Europa com cara de Brasil, do melhor do Brasil precisamente. Claro, as casas e ruas lisboetas que se parecem com minha terra natal são os originais, a cópia somos nós. Foi reencontrar as comidas, os cheiros, e conhecer muitas outras mais, quase lendárias nas histórias de quem já conhece Portugal. E claro, foi se encantar com vistas lindíssimas, como a do Tejo, das margens de onde partiram Cabral e tantos outros lendários capitães, pilotos, marujos, grumetes e degredados. Como a cidade vista do bar no topo do hotel mais alto de Lisboa, ou do lindíssimo castelo de São Jorge. Se encantar com o Bairro Alto, com a Mouraria, com o Parque Eduardo VII, lindo de dia e de noite. Mas, como sempre, não basta um bom destino, é preciso uma boa tripulação.
Conhecer pessoalmente Frederico Fernandes, que foi o responsável por eu estar nesse espaço editorial que estimo tanto, foi uma honra. A simpaticíssima Élia Vieira, que tanto fez para providenciar a mim e aos meus colegas uma estada perfeita em Portugal, à toda equipe que produziu o LusoAvia, enfim. E claro, todos os demais palestrantes, amigos e colegas com quem dividimos saber, histórias, coffee brakes, almoços e jantares, num debriefing divertidíssimo. Meus companheiros de viagem, Lito, Mila, Raul e Mari, desde o avião e pelas ruas de Lisboa uma companhia encantadora. Panda, Gaspar, Elones, Dex, Fábio, grandes nomes brasileiros que fizeram a diferença por lá e dos quais falaremos muito ainda. Rui, Alexandre, Sandra, com quem aprendi muito, além de outros tantos que participaram do encontro, onde nomes como Fernando Pinto e Nilson Zille – o primeiro e o último a falar respectivamente, valeram cada segundo. E claro, da queridíssima Elsa Fragata, vizinha de coluna aqui na NewsAvia, uma pessoa encantadora, um exemplo de aeronauta. Como se vê, temos muito assunto para os próximos meses, que mesmo sem LusoAvia, já seriam bastante intensos. Então, fiquem conectados, pois há muito mais para aparecer aqui no blog, numa nova e desafiadora fase pessoal e de carreira que vocês acompanharão em primeira mão.