O PSD/Açores considerou nesta sexta-feira, dia 30 de junho, que o Governo Regional dos Açores, do PS, e a administração do grupo aéreo SATA (dono da Azores Airlines e da SATA – Air Açores) devem um pedido de desculpas face ao “caos na operação” decorrente de vários incidentes registados com aeronaves nos últimos dias.
“O Governo Regional e o presidente do conselho de administração da SATA devem explicações e um pedido de desculpas aos passageiros afetados e a todos os açorianos”, afirma o porta-voz do PSD/Açores para os Transportes, António Vasco Viveiros, citado numa nota de imprensa do partido, o maior na oposição na Região Autónoma dos Açores.
Segundo o deputado, “nas últimas semanas instalou-se o caos na operação da SATA, com graves prejuízos para os passageiros, para a empresa e para a imagem da região”, sendo que “de dia para dia aumenta a perceção negativa da imagem da Azores Airlines [que assegura as ligações e para fora do arquipélago], pondo não só em causa a atividade da companhia aérea, mas também de todo o grupo SATA”.
“O impacto do caos da operação da SATA no setor turístico é inevitável e tem prejuízos incalculáveis para os Açores”, adianta António Vasco Viveiros, assinalando que “também a situação financeira da empresa, que já se encontra em falência técnica, será seguramente afetada”.
Este mês têm ocorrido diversos incidentes com aviões da SATA, condicionando a operação da companhia açoriana.
A agência noticiosa portuguesa ‘Lusa’ procurou uma reação da Secretaria Regional dos Transportes e Comunicações que fez saber que não iria comentar.
Já o presidente do conselho de administração da SATA, Paulo Meneses, salientou que “a operação da Azores Airlines tem uma grande incidência sazonal com uma grande procura na época de verão”, sendo que frota e meios estão “sempre sujeitos a contrariedades”.
“Contudo, durante este mês tivemos um conjunto de eventos, alguns alheios à transportadora, e que prejudicaram seriamente a nossa operação. Houve um período em que mais de 50% da nossa frota da Azores Airlines, que é de sete aviões, esteve imobilizada, com as consequências que se conhecem”, sustentou Paulo Meneses.
Segundo o responsável, “repor uma operação de verão após estes incidentes com a dimensão que era completamente inesperada não foi fácil, mas a SATA tudo fez para minorar os prejuízos e os contratempos aos passageiros, lamentando profundamente os inconvenientes provocados”.
- Foto © Luís Salgueiro