A tripulação destacada num voo da Siberia Airlines no passado domingo, dia 19 de julho, resolveu de maneira pouco ortodoxa, mas eficaz, uma situação de violência suscitada a bordo entre Hong Kong, na China, e Vladivostok, na Rússia.
As imagens são bastante esclarecedoras e quase dispensam palavras.
Os fatos conhecidos através das agências noticiosas e sites de informação sobre aviação, dizem que um jovem passageiro, inebriado pelo álcool, resolveu fazer bagunça a bordo, desrespeitando as ordens sobre segurança e o aconselhamento dos comissários de bordo. Perante os reparos e críticas de outros passageiros desatou à pancadaria, ameaçando e magoando alguns companheiros de viagem.
A tripulação pediu ajuda aos clientes voluntários e dominaram o autor dos desacatos, amarrando-o com os cintos de segurança que seguem nas aeronaves soltos e que são normalmente usados para segurar crianças nos colos dos pais, ou os passageiros com maior perímetro abdominal…
Remédio eficaz já que o passageiro dormiu o resto da viagem, curou a bebedeira e foi entregue na esquadra da polícia de Vladivostok logo que chegou ao aeroporto de destino.
Não se trata da melhor maneira de lidar com um passageiro alcoolizado. Naturalmente que as companhias estão atentas a estes incidentes e não permitem sequer o embarque de viajantes com este tipo de animação extra. Falhou o controlo, mas nem por isso o comandante voltou ao aeroporto de partida.
A imprensa britânica que está a dar bastante destaque a esta notícia lembra que os aviões britânicos, sobretudo os que viajam para destinos de férias, têm sido ‘vítimas’ frequentes deste tipo de clientes, com vários passageiros a serem expulsos dos aviões em escalas de emergência e entregues às entidades policiais em terra. O ‘The Telegraph’ na sua edição desta quinta-feira, refere que no ano passado foram reportados 114 incidentes deste tipo em aviões de passageiros com registo do Reino Unido. Em 2013 tinham sido registados 85 e em 2012 foram 47. Uma subida exponencial que a autoridade nacional de aviação (Civil Aviation Authority – CAA) atribui à proliferação de bares e de lojas de venda de bebidas alcoólicas nos aeroportos. Por isso, refere o jornal britânico, a CAA está a procurar reunir as entidades interessadas para criar legislação mais adequada e um maior controlo sobre a atividade desses estabelecimentos em zonas aeroportuárias.