A Ryanair reviu em baixa, pela segunda vez em quatro meses, a sua previsão de lucros para o corrente ano fiscal (31 de março de 2018 a 31 de março de 2019), perante a possível quebra de sete por cento nas vendas durante a temporada de inverno IATA (outubro de 2018 a março de 2019).
A companhia aérea irlandesa de baixo custo enviou nesta sexta-feira, dia 18 de janeiro, um comunicado à Bolsa de Valores de Londres, em que explica que a sua previsão de lucros para o exercício é entre 1.000 e 1.100 milhões de euros, depois de ter estimado 1.100 a 1.200 milhões de euros em outubro. A primeira previsão tinha sido de 1.250 a 1.350 milhões de euros líquidos.
A companhia que é liderada por Michael O’Leary atribuiu a revisão em baixa das previsões às greves convocadas pelos trabalhadores em vários países europeus durante o último verão.
A nota entregue à Bolsa, assinada por O’Learey, assinala que a companhia aérea poderia voltar a rever em baixa as previsões de lucro, dada a incerteza que existe sobre os termos de saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit’), prevista para o dia 29 de março.
“Ainda que tenhamos uma perspetiva razoavelmente boa sobre as reservas [de bilhetes] no quarto trimestre [de janeiro a março], não podemos descartar mais reduções no preço da tarifa aérea e/ou uma ligeira baixa na previsão de lucros se ocorrer um ‘Brexit’ imprevisto”, afirma Michael O’Leary.