Os pilotos da companhia aérea norte-americana Southwest Airlines, com sede no Estado do Texas, anunciaram nesta segunda-feira, dia 7 de outubro, que moveram uma ação judicial contra a construtora aeroespacial Boeing, acusando-a de falta de fiabilidade e de segurança em voo, relativamente ao modelo 737 MAX. O documento com 79 páginas foi entregue num tribunal da cidade de Dallas, e assinala que a Boeing tem se recusado a falar com os pilotos acerca dos prejuízos pessoais que têm sofrido pelo facto de não estarem a voar
O comandante Jonathan Weaks, presidente da Associação de Pilotos da Southwest Airlines (SWAPA), que agrupa cerca de 10.000 pilotos da companhia, disse que os dois acidentes fatais em outubro de 2018 e em março deste ano, são a prova de que os aviões fabricados pela Boeing não reuniam as condições ideais de segurança.
Nos dois desastres, em que intervieram os dois Boeing 737 MAX morreram cerca de 350 pessoas e ficou provado que os pilotos tiveram dificuldades em controlar as aeronaves após a ativação do sistema de gestão de voo MCAS, de acordo com as investigações preliminares.
A imobilização dos 737 MAX desde março cancelou mais de 30.000 voos programados pela Southwest e causou um prejuízo para os pilotos avaliados em 115 milhões de dólares, segundo revela a SWAPA. É este o valor da indemnização que pretendem receber da Boeing através desta ação judicial.
A Southwest Airlines é a maior empresa mundial de transporte aéreo no segmento de baixo custo, e tinha em março passado ao seu serviço 34 aviões Boeing 737 MAX, desde então parados à espera de nova certificação das autoridades aeronáuticas, após algumas modificações que já foram apresentadas pela fábrica norte-americana, e que são agora objecto de ensaio e testes.