Os pilotos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola marcaram uma greve de 10 dias, que terá início na quinta-feira, dia 15 de junho e final no dia 25, em protesto por “melhores condições laborais, ajustamento de salários e pagamento de subsídios”, e devido à degradação “galopante e substancial das suas condições económico-financeiras, sociais e profissionais a todos os níveis e em todos os escalões”.
A decisão foi tornada pública numa Declaração de Greve assinada pelo comandante Jaime Pinto no passado dia 8 de junho, e divulgada na segunda-feira, dia 12, pela Rádio ‘Voz da América’, na sua edição em português para a África Lusófona.
O documento foi enviado ao presidente do Conselho de Administração da TAAG, com cópia para os ministros dos Transportes e da Administração Pública, Trabalho e Segurança.
A decisão, segundo a mesma nota, segue-se ao “silêncio expresso manifestado pela Administração da TAAG com relação à não negociação do caderno reivindicativo apresentado pelo SPLA (Sindicato de Pilotos de Linha Aérea de Angola) em Março de 2016 e que se traduziu designadamente no não cumprimento dos prazos e das obrigações previstos o Acordo de Princípios celebrados aos 17/12/2016 para efeitos de negociação do Caderno Reivindicativo”.
Nesta terça-feira, dia 13 de junho, Carlos Vicente, porta-voz da TAAG, em declarações à agência de notícias portuguesa ‘Lusa’, confirmou que decorrem desde sexta-feira passada com o sindicato dos pilotos para travar a greve.
“Na declaração de greve eles marcaram para o dia 15 de junho. Desde o dia 9 que as duas partes começaram as rondas de negociações. Estão a trabalhar desde sexta-feira e vamos aguardar pelos desenvolvimentos dessa negociação para que, pelo menos, cheguem a algum consenso”, disse Carlos Vicente que adianta que a direção da TAAG e o sindicato continuam “abertos ao diálogo em busca de uma resolução” das preocupações dos pilotos e, apesar das reclamações apresentadas, os trabalhos a nível da transportadora área angolana decorrem “sem constrangimentos”.
“Apesar dessas reclamações, os pilotos estão disponíveis ao trabalho, neste momento não temos qualquer constrangimento em termos operacionais, o nosso plano de voos e horários de trabalho de hoje e dos dias anteriores decorrem sem qualquer anomalia”, explicou.
E acrescentou: “Vamos continuar a aguardar pelas resoluções e esperar pelo bom senso dos pilotos”.