Pilotos marcam greve na TAP Portugal para o dia 9 de Agosto

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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), em Portugal, decidiu na sexta-feira, dia 25 de Julho, convocar uma greve de um dia (9 de Agosto próximo) na companhia TAP, como forma de contestação do que afirmam ser um agravamento das condições de trabalho e para obrigar o accionista Estado a receber os sindicatos para discutir a situação da empresa, pedidos que já forma a membros do Governo em Lisboa, sem obter qualquer resposta.

“Esta greve de 24 horas é um cartão vermelho ao accionista, que não recebe os sindicatos para discutir a situação, e à empresa, pela sua total desresponsabilização”, disse à agência Lusa o presidente do sindicato dos pilotos, Jaime Prieto.

De acordo com o sindicalista, a administração da TAP tem deixado sair os seus quadros sem fazer nada, tem contratado companhias externas que não asseguram a qualidade da transportadora nacional e nada tem feito para contrariar o descontentamento dos seus trabalhadores.

“Há 5 anos que a empresa tem apresentado resultados positivos mas as condições de trabalho têm-se agravado, o que leva a um grande descontentamento dos trabalhadores”, disse Jaime Prieto.

O sindicalista adiantou ainda que o objectivo da greve de 24 horas é forçar o diálogo para “apurar o que se pode fazer” pela empresa e “apurar responsabilidades”.

Os pilotos da TAP, associados no Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), reuniram-se em Assembleia Geral para analisar a situação na empresa e deliberarem a convocação de uma greve.

O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Jaime Prieto considerou hoje de manhã que as compensações pelo trabalho extraordinário anunciadas pela TAP “são remendos para males maiores”.

 

Presidente da TAP promete recompensar trabalho extraordinário

O presidente da TAP, Fernando Pinto, anunciou na quinta-feira, numa circular enviada aos trabalhadores, a decisão de adoptar “medidas excepcionais” para compensar os funcionários pelo trabalho extraordinário realizado desde 1 de Junho a fim de minimizar o impacto das perturbações na companhia junto dos passageiros.

Jaime Prieto salientou, em declarações à agência noticiosa Lusa, que as medidas anunciadas pela TAP “são remendos para males maiores”, uma vez que a companhia aérea está com “problemas estruturais profundos”.

“As medidas que a TAP está a levar a cabo não se coadunam com aquilo que é o mercado concorrencial e extremamente competitivo em que [a companhia aérea] está inserida. Em 30 anos nunca vimos sair um piloto. Em dois anos e meio saíram 37”, disse, acrescentando que a situação da manutenção “ainda está pior” que a área da pilotagem.

De acordo com Jaime Prieto, a área da manutenção está num descalabro operacional, sem efectivos.

Na opinião de Jaime Prieto, o conselho de administração da TAP está a querer vender e aumentar a sua rede comercial de uma maneira “desmesurada”.

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