Pilotos rejeitam “atitude ameaçadora” da administração da TAP

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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) rejeitou a “atitude ameaçadora” da administração da TAP em relação à manifestação de sexta-feira, em Lisboa (LINK notícia relacionada), e manifestou apoio às “legítimas lutas” dos trabalhadores da empresa.

Num comunicado divulgado neste fim-de-semana, o SPAC recordou que não esteve presente na concentração realizada durante o dia à porta das instalações da companhia aérea, em Lisboa, para exigir a demissão da administração.

No entanto, “repudia a tentativa de coação e assédio” que diz constituir a reação da comissão executiva da TAP à concentração, feita por comunicado, ao final do dia.

Nessa reação, a empresa considerava aquela manifestação dos trabalhadores “um ilícito disciplinar” que “não mais se deve repetir”.

Mais de uma centena de trabalhadores da TAP esteve concentrada na entrada das instalações da companhia aérea numa manifestação silenciosa convocada por mensagem.

Na mensagem transmitida entre trabalhadores, a que a agência de notícias ‘Lusa’ teve acesso, os trabalhadores da companhia aérea portuguesa foram chamados a manifestar-se de forma “pacífica e silenciosa”, durante a hora de almoço.

Para o SPAC, as “manifestações são um direito consagrado e não podem ser impedidas”, e recordou que, num passado recente, a TAP “proibiu a realização de plenários” ao sindicato, e “tentou impedir, sem sucesso, que os pilotos após uma histórica manifestação se concentrassem em silêncio em frente ao Edifício 25, onde tem os seus gabinetes”.

“Depois das sucessivas confusões e polémicas perpetradas por esta administração, a mesma insiste na falta de sensibilidade para gerir a enorme insatisfação que reina entre os trabalhadores”, lamenta.

Para o SPAC, a administração da TAP deveria “preocupar-se em melhorar a gestão” da empresa e “não continuar a esmagar as condições de trabalho dos funcionários, e, simultaneamente, melhorar e beneficiar outros que, em contornos ainda por esclarecer, saem da empresa com indemnizações”.

O SPAC disse ainda que tem mantido o caminho do diálogo com o executivo da TAP, mas “reserva-se no direito de usar as medidas que entender para fazer ver a esta administração e à tutela que os direitos dos trabalhadores e as suas condições de trabalho são inalienáveis”.

A TAP tem sido protagonista de vários casos na comunicação social, entre os quais a polémica indemnização de 500.000 euros à antiga administradora e ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis, que motivou demissões no Governo.

A companhia aérea está a ser alvo de um plano de reestruturação que inclui cortes salariais aos trabalhadores e que motivou uma greve de tripulantes em dezembro, estando outra já marcada para o final deste mês.

 

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