O ministro das Infraestruturas e da Habitação considera que o plano de restruturação da TAP está a ser “cumprido” e que a companhia aérea portuguesa está “no caminho certo” para se tornar “viável” e servir a economia nacional.
“Está a cumprir melhor do que estava previsto no plano de restruturação e isso é um sinal de que o plano está a ser cumprido e estamos no caminho certo para que a empresa possa ser uma empresa viável e possa continuar a servir a economia nacional”, afirmou nesta terça-feira, dia 12 de abril, o ministro Pedro Nuno Santos, à margem de uma cerimónia oficial na cidade do Porto, no norte do País.
Aos jornalistas, o ministro, que tutela a atividade da TAP, empresa totalmente pública, afirmou que os resultados da companhia aérea portuguesa estão a ser “melhores do que previsto”, o que indica que “tudo vai correr como está planeado”, referindo-se ao plano de restruturação.
“Não vai haver nenhum problema, antes pelo contrário, [a TAP] passará a ser um ativo importante que contribui para a economia nacional”, salientou Pedro Nuno Santos, que aos jornalistas falou na presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que tem sido, nos últimos meses, um grande crítico da política de programação de voos da TAP, que tem centralizado as suas operações no hub do Aeroporto de Lisboa.
“Contribui para o país todo”, acrescentou.
Questionado sobre a contratação de 250 tripulantes, anunciada pela empresa, o ministro afirmou que, apesar de a TAP ser uma empresa com “capitais públicos”, é uma empresa com uma administração “que toma decisões de gestão que devem ser respeitadas no quadro da sua autonomia”.
“Um ministro é um ministro. Um político é um político. Um administrador é um administrador. Temos de uma vez por todas perceber o que é uma decisão de política e uma decisão de gestão e eu sobre as decisões de gestão não falo, não sou a pessoa mais indicada para o fazer”, disse.
Também questionado sobre a injeção de dinheiros públicos na companhia aérea, o ministro disse que se o plano de restruturação for cumprido, “como os resultados provam”, a TAP “em pouco tempo será uma empresa que dá lucro”.
A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou na segunda-feira a empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Na informação, a transportadora aérea nacional portuguesa explica que registou custos não recorrentes de 1.024,9 milhões de euros, nomeadamente com o encerramento das operações de manutenção no Brasil, que tiveram impacto nos resultados.