Plataforma Cívica propõe ao Governo Português a retoma do projeto de Alcochete

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“À medida que o tempo passa são cada vez mais as vozes que têm vindo a chamar a atenção que a opção pelo Montijo/Base Aérea 6 (BA6) carece, entre muitos outros aspectos, de sustentação técnica aceitável”, denuncia a ‘Plataforma Cívica Aeroporto BA6-Montijo Não!’.

Num comunicado distribuído em Lisboa nesta terça-feira, dia 6 de outubro, a plataforma, que junta consensos de cidadãos de variados níveis académicos, profissões e ideologias, mantém a sua discordância com a opção do Governo Português.

No seu contributo, a Plataforma Cívica, criada em junho de 2018, para se opor à ampliação da Base Aérea do Montijo para Aeroporto Complementar de Lisboa, aberto ao tráfego de aviões comerciais, considera “que o período que vivemos face à pandemia resultante do COVID 19, e pesem embora os seus efeitos nefastos, abre uma ‘janela de oportunidade’ para parar o processo de tentar impor o Montijo e em concreto a BA6, como eventual opção”. “O que se impõe é retomar a abordagem séria, serena e bem fundamentada para a construção de um aeroporto para as próximas décadas. Um aeroporto que responda a uma necessidade estratégica de Portugal no sector aeroportuário”, acrescenta o comunicado, intitulado ‘Novo Aeroporto de Lisboa não é uma questão menor!’.

O documento foca sobretudo os últimos acontecimentos relacionados com a evolução do processo de aumento da capacidade aeroportuária para a capital portuguesa, nomeadamente de transformação do Montijo, e continua a defender a construção do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete:

“1 – Conforme o cronograma definido pelo Primeiro-ministro durante a sessão de balanço da apreciação pública do documento ‘Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030’, vulgarmente conhecido como “Plano António Costa Silva”, o Governo português irá apresentar – em 15 de outubro – à Comissão Europeia o plano para a obtenção dos mais de 15 mil milhões de euros de subvenções com vista à recuperação da crise pandémica e aos quais se irão juntar os fundos estruturais.

2 – De entre os 10 Eixos Estratégicos está contida a Rede de Infraestruturas -Eixo Estratégico 1. Conforme o documento inicial e na parte “Rede de Infraestruturas de Transporte e Mobilidade”, está escrito: “Construir o Aeroporto para a grande Área Metropolitana de Lisboa, tendo em conta que as ligações aéreas são fundamentais na performance da economia portuguesa, e isso tem a ver não só com o turismo, que é um sector crucial da economia, mas também com muitas outras fileiras económicas”.

3 – Durante a fase de apreciação pública, terminada em 21 de agosto, a Plataforma Cívica apresentou o seu contributo.

No enquadramento geral da questão, a Plataforma Cívica vincou que, na sua interpretação, a construção do Aeroporto para a área Metropolitana de Lisboa só fará sentido se estivermos a falar do NAL, Novo Aeroporto de Lisboa, decidido em 2010 e com localização no CTA, Campo de Tiro de Alcochete. Ademais essa decisão resulta de uma Avaliação Ambiental Estratégica e que conta, entre outros elementos determinantes, com uma Declaração de Impacte Ambiental favorável e válida até 9 de dezembro de 2020.”

“A Plataforma Cívica regista e sublinha a necessidade de reforçar o esforço de convergência de todos aqueles que entendem este momento e a possibilidade, provavelmente não repetível, de fazer uma boa aplicação dos fundos comunitários em benefício de Portugal e dos Portugueses”, conclui o comunicado.

 

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