O Governo Português pediu desculpa e muita paciência pelos incómodos causados pela suspensão dos voos comerciais regulares de e para Moçambique a partir da próxima segunda-feira, dia 29 de novembro, e comprometeu-se com a realização de voos de repatriamento.
Quem deu a cara foi o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que transmitiu a mensagem aos jornalistas na cidade do Porto, onde presidiu a um ato oficial. O governante sublinhou que o Governo vai realizar voos de repatriamento para quem está em Moçambique e quer regressar a Portugal e vice-versa.
Os voos regulares da TAP Air Portugal de e para Moçambique vão ser suspensos a partir das 00h00 de segunda-feira, 29 de novembro, anunciou na sexta-feira, dia 26 de novembro, o Ministério da Administração Interna (MAI), impondo ainda quarentena a passageiros oriundos de um conjunto de países africanos (LINK notícia relacionada).
A decisão de suspensão dos voos surge no seguimento das preocupações e medidas de contenção na União Europeia suscitadas pela deteção de uma nova variante, na África do Sul, potencialmente mais infecciosa, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) denominou Ómicron.
“Agora o que vamos fazer é organizar voos, ou seja, promover a realização dos voos necessários para que cidadãos portugueses ou europeus e residentes em Moçambique que tenham de regressar a Portugal o possam fazer e, inversamente, cidadãos moçambicanos residentes em Portugal que queiram regressar ao seu país”, explicou Augusto Santos Silva.
O ministro adiantou que o Governo vai fazer com que estes voos sejam realizados o “mais rapidamente possível”, nomeadamente nos próximos dias, acrescentando quem a partir do momento em que disponha dos planos e programas referentes a estes voos, torná-los-á públicos.
Por esse motivo, além de desculpa e paciência, Augusto Santos Silva pediu serenidade, referindo que é sempre favorável para que as coisas se organizem da melhor maneira possível.
O ministro aproveitou ainda a ocasião para destacar a “total transparência” com que a África Austral, nomeadamente a África do Sul, tem agido em todo o processo, tendo informado “imediatamente” a detenção de uma nova variante.