Portway confirma fim do contrato com a ‘low cost’ Ryanair

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A empresa portuguesa de handling Portway, propriedade da ANA Aeroportos de Portugal, confirmou em comunicado distribuído na tarde desta quarta-feira, dia 23 de março, o fim do contrato com a Ryanair nos aeroportos de Faro, Lisboa e Porto. Uma notícia que já sido avançada pelas estruturas sindicais que alegam que o self-handling (auto-assistência) que a companhia aérea de baixo custo pretende seguir enferma de algumas ilegalidades (LINK notícia relacionada). Uma questão que não foi sequer abordada (ou esclarecida) por parte da ANAC ou da ANA, gestora dos aeroportos portugueses, simultaneamente prejudicada neste processo, já que é proprietária da Portway.

O comunicado diz que a empresa “lamenta profundamente” a decisão da companhia aérea irlandesa que provocará um reajustamento do quadro de pessoal nos aeroportos onde trabalha a Portway, com o despedimento de entre 8 a 10% dos seus postos de trabalho que são atualmente de 2.165, “caso seja possível garantir a conversão a tempo parcial de um conjunto determinado de postos de trabalho”. O fim do contrato com a Ryanair implica uma quebra de cerca de 33% da atividade da empresa portuguesa.

“A administração da Portway analisou a situação criada com a maior preocupação e rigor, e, respeitando as melhores práticas laborais e sociais, desenvolveu todos os esforços para encontrar soluções que minimizassem as consequências da opção da Ryanair, que resulta da política de self-handling prosseguida pela companhia aérea logo que atinge massa crítica nos diversos mercados em que atua”, lê-se no comunicado.

 

Trabalhadores da Portway podem ‘transferir-se’ para a Ryanair

A Portway decidiu ainda utilizar a capacidade negocial gerada no processo de resolução da relação comercial com a Ryanair, não para otimizar as margens de exploração, mas sim para garantir aos trabalhadores da empresa prioridade no processo de admissão a efetuar por esta empresa no Porto e Lisboa.

Finalmente, os trabalhadores Portway, nomeadamente em Faro, que não sejam admitidos na Ryanair, poderão vir a ser integrados numa bolsa de recrutamento para complementar a necessidade de mão-de-obra nas épocas de maior tráfego aéreo, e naturalmente para preencher as vagas geradas pelo crescimento de atividade esperada para os próximos anos.

“Por seguir uma política de transparência e de respeito pelos seus colaboradores”, a empresa refere na nota de imprensa que “decidiu informar as estruturas sindicais e todos os colaboradores envolvidos com a máxima antecedência possível independentemente do período mínimo de aviso prévio e da data efetiva de cessação da necessidade da sua prestação de trabalho”.

Para aqueles que, por diferentes razões, não vejam garantida pela Ryanair a disponibilidade de um posto de trabalho, a compensação atribuída, as garantias sociais e a possibilidade de contratação a termo pela própria Portway permitirá aos colaboradores abrangidos um rendimento disponível pelo período de 3 a 4 anos semelhante ao que aufeririam se não ocorresse o presente processo. A Portway acredita que este período será o suficiente para aproximar os níveis de atividade futura dos que se verificam até à resolução dos contratos com a Ryanair.

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