O Grupo TAP SGPS registou no primeiro semestre deste ano um prejuízo líquido 119,7 milhões de euros, anunciou nesta sexta-feira, dia 20 de setembro, a empresa.
Um comunicado distribuído ao fim da tarde em Lisboa, indica que o resultado negativo, para o qual contam fortemente os 112 milhões de euros negativos obtidos no exercício pela subsidiária ‘Transportes Aéreos Portugueses, S. A.’, foi impactado principalmente pela quebra de receitas de passagens do Brasil, com menos 43,1 milhões de euros, e pelo aumento dos custos com pessoal de 35,3 milhões de euros (+10,6% face ao período homólogo) em resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018.
O Grupo TAP chama a atenção para o facto do resultado líquido do primeiro trimestre de 2019 foi de 110,7 milhões de euros, tendo melhorado para menos nove milhões no segundo trimestre (que compara com menos 26,4 milhões no período homólogo).
Verifica-se aqui uma tendência de recuperação no segundo trimestre. As perspetivas que o comportamento dos mercados chave da TAP mostram para o segundo semestre, as reservas registadas no sistema da companhia e os benefícios crescentemente alcançados com a renovação da frota, deixam a expectativa de atingir este ano um resultado operacional melhor do que em 2018, sugere o documento distribuído pela TAP.
O grupo português de aviação comercial destaca a notável resposta do mercado na emissão obrigacionista concretizada em Junho de 2019, que impactou significativamente os recursos financeiros disponíveis, permitiu à TAP ter uma posição de caixa – indicador especialmente relevante para as companhias aéreas – mais confortável e sem precedentes próximos. A posição de caixa no final do primeiro semestre de 393,5 milhões euros e a extensão da maturidade média da dívida financeira reforçam a capacidade da Companhia para prosseguir com o seu plano de transformação em curso, que tem como um dos pilares mais importantes e exigentes o investimento na renovação da frota.
Crescimento do número de passageiros e renovação da frota cria confiança no futuro
A TAP considera que primeiro semestre de 2019 foi marcado por um período globalmente negativo para a aviação comercial na Europa, tendo os resultados da companhia portuguesa nesse período acompanhado a tendência de decréscimo verificada nas demais companhias aéreas europeias de bandeira, quando comparada com as demais congéneres, nomeadamente do Grupo IAG , Lufthansa e Air France-KLM Apesar do contexto, a companhia portuguesa atingiu um novo recorde no número de passageiros, tendo transportado 7,9 milhões de passageiros nos primeiros seis meses, um crescimento de 4,8% face ao período homólogo. De realçar que nos meses de julho e agosto de 2019 foi registado um crescimento de 11,5% face ao período homólogo do ano anterior, consolidando uma trajetória de recuperação iniciada no segundo trimestre.
TAP fechou o trimestre com 106 aviões – Entraram 15 e saíram cinco
O investimento na expansão e renovação da frota prosseguiu com a entrada de 15 aeronaves de última geração (NEO) e a saída de cinco aeronaves antigas. Com isso, a frota da TAP totalizou 106 aviões no fim do semestre. As novas aeronaves possibilitaram à TAP expandir-se para oito novos mercados durante o primeiro semestre, com destaque para a retoma das operações no Médio Oriente (rota de Telavive) e o reforço do investimento nos EUA, com a contribuição de novas rotas abertas em junho (São Francisco, Chicago e Washington).
Tal investimento possibilitou à TAP obter importantes ganhos de eficiência no semestre, sendo a única companhia aérea europeia de bandeira comparável a reduzir os seus custos operacionais unitários em 8,8% face ao período homólogo, aumentando assim a sua vantagem de custos em relação a essas empresas. A redução de custos operacionais foi ainda beneficiada por uma bem sucedida política de proteção (hedging) dos preços de combustível.
Os referidos ganhos de eficiência influenciaram positivamente o EBITDAR que registou um crescimento de 19,5% face ao primeiro semestre do ano anterior. Concluiu-se ainda no primeiro semestre, com sucesso, a reestruturação da Manutenção e Engenharia Brasil, agora apenas no Rio de Janeiro/Galeão, tendo esta subsidiária registado um EBITDAR positivo de EUR 3 milhões.
- EBITDAR = EBIT + (Depreciações, amortizações e perdas por imparidade + Rendas de aeronaves + Custos de reestruturação e outros itens não recorrentes).
Não venham com conversa da treta e lamentações sobre prejuízos porque tudo isso é mentira…que serve apenas para justificar os preços das passagens aéreas para o BRASIL principalmente para o Nordeste desprezado e com falta de respeito pelas centenas de pessoas que querem viajar para esta zona do Pais e são obrigados a voar por outras companhias com escalas várias no centro do país….tenham vergonha e façam da TAP uma companhia de respeito como era antigamente…