A Air Macau, companhia aérea chinesa, que enverga a bandeira da Região Administrativa Especial de Macau, território a sul da China que tem o português como língua oficial, registou um prejuízo de 426 milhões de yuan (61,7 milhões de euros) na primeira metade deste ano, mais 26,8% do que em igual período de 2021.
As receitas da Air Macau caíram 31,4% nos primeiros seis meses, em termos anuais, para 352 milhões de yuan (milhões de euros), revelou a Air China, acionista maioritária da companhia aérea da região administrativa especial chinesa.
Segundo o relatório financeiro da Air China, divulgado na quarta-feira, dia 31 de agosto, a Air Macau transportou 204.100 passageiros entre janeiro e junho, menos 51,8% do que no mesmo período de 2021.
O relatório revela ainda que, em média, 53,1% dos assentos estiveram preenchidos nos voos da companhia aérea durante a primeira metade do ano, uma redução de 8,4% em termos anuais.
No primeiro semestre do ano chegaram a Macau quase 3,47 milhões de visitantes, menos 11,8% face ao período homólogo de 2021, segundo dados oficiais da Direção dos Serviços de Estatística e Censos.
O território viveu, desde 18 de junho, o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia. Durante o surto, os turistas que chegassem a Macau teriam de se submeter a uma quarentena obrigatória no regresso à China continental, medida que foi levantada em 3 de agosto.
A empresa estatal chinesa ‘China National Aviation Corporation’, que detém a Air China, é também a acionista maioritária da Air Macau, com uma participação de 66,9%.
O Governo de Macau tem uma participação de 21,5% na companhia aérea, com a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, SA (STDM), fundada pelo já falecido magnata do jogo Stanley Ho Hung Sun, a deter 11,57%.
Em outubro de 2020, a concessão da Air Macau, que se encontra em regime de exclusividade há cerca de 26 anos, foi estendida até novembro de 2023. Na altura, o Governo prometeu abrir o mercado de transporte aéreo de Macau após o final da concessão.
A companhia foi constituída a 13 de setembro de 1994, ainda durante a administração portuguesa do território, e começou a funcionar a 9 de novembro de 1995, dedicando-se principalmente à exploração e operação de linhas internacionais de tráfego aéreo em Macau, nos termos do contrato de concessão assinado com o Governo da região administrativa especial chinesa a 8 de março de 1995.