O primeiro avião Airbus A330-900neo da Azul Linhas Aéreas Brasileiras (que terá o registo PR-ANZ) fez nesta terça-feira, dia 8 de janeiro, o primeiro teste de motores em Toulouse, na França. A imagem da aeronave, aguardada com grande entusiasmo no Brasil, já com motores montados, foi divulgada na manhã desta terça-feira pelo spotter Clement Alloing, um habitué das novidades que surgem nas instalações da fábrica europeia de aviões.
Tal como tem acontecido com a TAP Air Portugal, também a Azul tem sido prejudicada com os atrasos na certificação e na entrega dos aviões A330-900neo, devido a problemas com a entrega tardia dos novos motores Rolls Royce Trent 7000.
A companhia brasileira já anunciou por duas vezes a entrada do novo avião para o longo curso, mas em ambas as ocasiões teve de adiar a respectiva programação. Agora existem indicações mais certas de que o A330-900 será recebido no Brasil no primeiro semestre de 2019. Antes estava programado para estrear nas rotas internacionais da empresa de Viracopos/Campinas, em São Paulo, para Orlando/Flórida (EUA) e para Lisboa.
A Azul será a primeira companhia da América a voar com o A330-900neo. Encomendou cinco aparelhos que terão uma configuração de três classes para um total de 298 passageiros, tal como os da TAP Air Portugal.
Bom desempenho operacional em 2018
Entretanto, a Azul, companhia que foi fundada por David Neeleman e que também é acionista da portuguesa TAP, anunciou um crescimento médio em 16,4% do número de passageiros x quilómetros (RPK em inglês) no ano de 2018, de que o principal ‘motor’ foram as rotas internacionais, entre as quais Viracopos/Campinas-Lisboa.
A informação da companhia mostra, aliás, que no ano passado as rotas internacionais já representaram 26,1% do tráfego total, quando em 2017 estavam em 20,9%, porque no ano passado concentraram 57,8% do crescimento do tráfego total.
As rotas internacionais, porém, foram o ‘calcanhar de Aquiles’ da taxa média de ocupação da Azul em 2018, com uma queda em 2,6 pontos, para 86,9%, que tende a ser explicada pela ‘juventude’ das rotas internacionais, as quais, que apenas começaram quando ‘herdou’ da TAP a rota Viracopos-Lisboa, explica a agência de notícias de turismo e viagens ‘PressTUR’.
Os dados da Azul mostram que ainda assim 2018 foi globalmente um ano de ganho de taxa de ocupação, que subiu 0,2 pontos, para 82,3%, graças à subida em 0,5 pontos nas rotas domésticas, que atingiram 80,8%.
Para o mês de Dezembro, a Azul indica um crescimento do tráfego em 13,4%, insuficiente no entanto face ao aumento de capacidade (em ASK, do inglês, para lugares x quilómetros voados) em 13,5%, levando a uma descida da taxa média de ocupação em 0,1 pontos, para 83%.
Ao contrário do que mostram os números médios do ano de 2018, a queda de ocupação no último mês ficou a dever-se ao decréscimo de 0,4 pontos nos voos domésticos, para 81,3%, porque em internacionais até houve subida de 0,6 pontos, para 88%.
A Azul indicou que em Dezembro teve um crescimento médio do tráfego de passageiros medido em RPK de 13,4%, com +12,4% em voos domésticos e +16,2% em internacionais.
Companhia mais pontual do Brasil e da América do Sul
Uma outra notícia divulgada no início deste ano assinala uma grande conquista para a Azul: é, novamente, a companhia mais pontual do Brasil e da América do Sul, segundo a empresa de auditoria ‘Flight Stats’, líder mundial em informações de voo em tempo real.
A companhia também foi considerada a quinta companhia mais pontual do mundo, no ranking que avalia as empresas com mais de 100 mil voos por ano, atrás apenas das empresas Copa Airlines (Panamá), Aeroflot (Rússia), ANA All Nippon Airways (Japão) e Qatar Airways (Qatar).