O projecto do primeiro carro voador europeu sofreu um severo contratempo, quando o protótipo se despenhou no voo inaugural, pilotado pelo seu inventor. Stefan Klein saiu ileso do acidente, mas teve de recorrer ao paraquedas de emergência depois do Aeromobil ter falhado em voo.
De acordo com um press-release da Aeromobil, o piloto de teste Stefan Klein deparou-se com uma situação inesperada, no dia 8 de Maio de 2015, e teve de activar o paraquedas balístico a uma altitude de aproximadamente 300 metros (900 pés).
O carro voador ficou bastante danificado e o acidente aparenta ter beliscado a reputação da companhia que apostou ser a primeira a levar um aparelho deste tipo para o mercado. O Aeromobil de dois lugares está certificado para voar e para rolar na estrada, à velocidade máxima de 100 milhas por hora (160 km/h), mas tem de descolar de uma área aberta com, pelo menos, 150 pés de comprimento (45,7 metros). Os seus promotores esperavam lançá-lo na Europa em 2017.
Descrença dos concorrentes
Todavia, nem todos acreditam no design do projecto, como John Brown, responsável pelo alemão Carplane, apontou no seu site alguns problemas técnicos do Aeromobil: a posição das rodas traseiras do Aeromobil, muito atrás das asas pode criar uma rotação de bloqueio à descolagem, requerendo 35 graus de flaps para a ultrapassar. Isto pode alongar a rolagem na descolagem e prejudicar a subida. Por outro lado, a proximidade das asas à empenagem pode afectar a estabilidade e o controlo. Em estrada e dado que muito do peso aparenta assentar nas rodas da frente, as pequena rodas traseiras podem ter menos tracção em curva. No veículo recentemente acidentado, foram instaladas rodas de moto que, embora mais leves, podem reduzir ainda mais a área de contacto com o solo. O motor utilizado não é conhecido por respeitar os standards de emissões (EURO-6) para andar em estrada.