Os estados do Norte do Brasil serão prioritários no Programa de Aviação Regional lançado pelo Governo de Brasília, por causa do isolamento dos municípios e para substituir as longas viagens de barco, reafirma a Secretaria de Avaiação Civil, em comunicado de imprensa distribuído esta semana.
As primeiras licitações acontecem ainda este ano e toda a Região da Amazónia receberá investimentos para a reforma e construção de 80 aeroportos
O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, anunciou na quarta-feira, dia 5 de agosto, que o Programa de Aviação Regional começará pela Amazónia. A escolha pela Região Norte se deu porque as longas distâncias são percorridas, na maior parte das vezes, por barco e chegam a durar dias. “A região carece da aviação mais que qualquer outra do Brasil”, afirmou o ministro.
O programa para a região prevê a reforma ou construção de 80 aeroportos, mas a área técnica da Secretaria vem se reunindo com os governos estaduais e municipais para escolher os terminais considerados prioritários. O ministro informou que o principal critério é o isolamento do município. O programa pretende deixar 96% da população a pelo menos 100 km de um terminal.
“Vamos definir os principais locais dentro da cota que teremos para este ano. O programa não tem restrições, está acontecendo”, garantiu Eliseu Padilha.
Os 80 aeroportos na Amazónia estão espalhados por oito estados: Acre, Amazonas, Rondónia, Roraima, Amapá, Pará, Mato Grosso e Tocantins. Do total, nove terminais serão construídos do zero: Codajás (AM), Jutaí (AM), Maraã (AM), Uarini (AM), Cametá (PA), Ilha de Marajó (PA), Bonfim (RR), Rorainópolis (RR) e Mateiros (TO).
Prioridade também nos subsídios às companhias aéreas
Os estados da Amazónia Legal também terão prioridade em relação aos subsídios que o governo federal vai oferecer às companhias aéreas para beneficiar os passageiros. As empresas que voam na região terão mais assentos subsidiados do que as que voam o restante do país. Hoje quem mora no interior paga até 31% a mais para voar do que os moradores das capitais. Na prática, o governo vai garantir o benefício comprando assentos nos voos.