As restrições ao uso de aparelhos eletrónicos em voos de alguns países árabes para os Estados Unidos da América afetarão os negócios da Dubai Duty Free (DDF), o shopping center do Aeroporto Internacional de Dubai. A estimativa de Ramesh Cidambi, presidente executivo da estrutura aeroportuária, é que o impacto negativo nas receitas chegará a dois milhões de dólares apenas neste ano. As informações foram publicadas pelo site ‘Arabian Business’, citando uma entrevista de Cidambi à agência de notícias ‘Reuters’.
O valor calculado tem como base as vendas de eletrónicos para passageiros de voos com destino aos Estados Unidos no ano passado, excluídos os telefones celulares e acessórios – esses itens ainda seguem permitidos pelo governo norte-americano nos voos do Médio Oriente.
No começo da semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decretou que aparelhos electrónicos como computadores pessoais, câmaras fotográficas e tablets – na prática, todo e qualquer aparelho maior que um telefone celular – serão proibidos nas cabinas de voos provenientes da Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Egito, Jordânia, Kuwait, Marrocos e Turquia. Os passageiros com destino a aeroportos norte-americanos deverão despachar esses itens a partir das sete horas da manhã UTC deste sábado, dia 25 de março.
O governo Trump justificou a medida como uma forma de combater o terrorismo. Alega que esses itens podem esconder bombas.
A proibição abrange, inclusive, os itens vendidos nas free shops do aeroporto, administradas pela DDF. No ano passado, a companhia arrecadou 1,85 bilhão [mil milhões] de dólares em vendas, segundo informações de Ramesh Cidambi.
- Notícia adaptada do serviço da Agência de Notícias Brasil Árabe (ANBA)