As autoridades russas estão cumprindo o que prometeram quando anunciaram uma investigação rigorosíssima ao acidente que provocou a morte do presidente do Conselho de Administração e director-geral executivo da petrolífera francesa Total, Christophe de Margerie, ocorrido na madrugada da passada terça-feira no Aeroporto de Vnokovo, em Moscovo.
Na ocasião um porta-voz governamental chegou a ameaçar todos quantos se interpusessem ao andamento do inquérito com prisão, pois o Governo de Vladimir Putin está disposto a ir até às últimas consequências no apuramento das causas do desastre e da eventual negligência de funcionários aeroportuários no acidente.
A notícia desta manhã das agências noticiosas dá conta que quatro funcionários já foram interrogados e colocados sob custódia, o que significa que se encontram detidos à ordem dos instrutores do processo em curso.
O chefe dos limpa-neves das pistas, o responsável pelo controlo dos voos, o controlador do tráfego aéreo (que era um estagiário) que controlava a descolagem do avião Falcon 50 da Total e o superior que o supervisionava foram interrogados e colocados sob custódia no âmbito do inquérito, informou a comissão de investigação russa em comunicado distribuído na manhã de hoje, dia 23 de Outubro, em Moscovo.
O acidente em que morreu o presidente da Total provocou a morte de quatro pessoas, incluindo os três membros da tripulação. A aeronave colidiu com a asa esquerda numa máquina limpa-neves que estava na pista no momento em que rolava para a descolagem, com destino a Paris. A colisão verificou-se pelas 23h57 da segunda-feira, dia 20 de Outubro, segundo um relatório oficial preliminar. Na imprensa internacional é dado como adquirido que o acidente verificou-se pela meia-noite, já aos primeiros minutos de terça-feira.