Os aeroportos portugueses terminaram o terceiro trimestre do corrente ano, que é a época alta da aviação, com uma quebra de passageiros que atingiu 71,8%, informou a sua gestora, a empresa francesa Vinci Airports, que indica que a quebra mais forte ocorreu na cidade de Lisboa, com 76,9%.
A informação do Grupo Vinci, que integra a ANA Aeroportos de Portugal, mostra que a queda mais branda verificou-se nos aeroportos do arquipélago dos Açores (ilhas do Faial, Flores, Santa Maria e São Miguel), em 62,1%; seguindo-se o da cidade do Porto, com -64,2%; os do arquipélago da Madeira (ilhas da Madeira e Porto Santo), com -69,3%; e da cidade de Faro, no Algarve, com -70,2%.
A análise da Vinci à queda de passageiros nos aeroportos portugueses assinala que houve uma recuperação gradual ao longo do Verão com a chegada de passageiros de outros países europeus, como França, Alemanha, Suíça e Bélgica, mas que os aeroportos “sofreram” com a falta de turistas britânicos, porque o país só foi incluído por alguns dias nos “corredores aéreos” britânicos, entre finais de Agosto e princípios de Setembro.
A Vinci comenta também que o tráfego no Porto e em Faro mostrou “maior resiliência que em Lisboa”, atribuindo o pior desempenho na capital à TAP Air Portugal, que diz ter sofrido de “significativa queda nos voos de longo curso, levando a companhia nacional TAP a cortar capacidade”.
Lisboa manteve-se ainda assim o aeroporto português com mais passageiros, com 2,124 milhões, seguido pelo Porto, com 1,396 milhões; Faro/Algarve, com 1,034 milhões; Açores, com 335 mil; e Madeira, com 302 mil.
Já os dados da Vinci relativos aos primeiros nove meses do ano colocam Faro/Algarve com a queda média mais forte, com -75,4%.
Em mais nenhum caso a queda chega aos 70%, sendo de 67,3% em Lisboa, 64,6% na Madeira e 63,4% no Porto.