A Royal Air Maroc (RAM) retomou os voos para o Brasil em 2013, depois de quase duas décadas de interregno. Antes tinha estado na linha entre 1976 e 1992, mas com voos para o Rio de Janeiro.
Actualmente a companhia marroquina tem três voos semanais entre Casablanca e São Paulo, voos feitos actualmente com aviões Boeing 767-300. A partir de Dezembro a companhia espera introduzir na linha o Boeing 787 Dreamliner, que fará, pelo menos uma da três viagens semanais para o Aeroporto de Guarulhos.
Hicham Fafai, chefe de escala da RAM no Brasil com funções de ‘area manager’, disse ao ‘NewsAvia’ que a companhia terá mais um voo semanal, já a partir do segundo trimestre de 2015, ficando com quatro ligações semanais entre Casablanca e a maior cidade brasileira.
A maioria do tráfego que ocupa os aviões da RAM nesta rota destina-se ou é oriunda da África e da Europa, continentes que alimentam 80% do total de clientes da companhia na rota do Brasil. As tarifas base são muito atractivas e essa é uma das mais-valias da RAM no mercado, justifica Hicham Fafai que liderou a representação da transportadora aérea do Norte de África na 42ª ABAV – Expo Internacional de Turismo que decorreu em Setembro, no Parque Anhembi, em São Paulo.
A companhia tem presentemente 50 aviões, estando em processo de renovação da frota. Tem uma encomenda de oito aviões Boeing 787 Dreamliner, o primeiro dos quais receberá em Dezembro próximo. Receberá mais dois desse modelo no próximo ano. Nos voos domésticos e regionais a RAM está a utilizar os Boeing 737 Nova Geração, uma frota com idade média de sete a oito anos de idade, abaixo dos 12 anos de média das frotas das companhias aéreas filiadas na IATA, em 2012, por exemplo.
Dentro do Brasil, para os Estados do interior, os passageiros da RAM são encaminhados nos voos da GOL com quem os marroquinos têm um acordo de code-share para todos os aeroportos para onde voa a companhia brasileira de baixo custo.
Companhia quer ganhar liderança nos voos do Brasil para África
Fundada há quase 57 anos, a Royal Air Maroc resultou da fusão de duas importantes companhias aéreas marroquinas – a Air Atlas e a Air Maroc. Começou a operar voos locais. Em 1969 adquiriu o seu primeiro jato Caravelle e iniciou o seu percurso de crescimento. Em 1976 inaugurou a linha Casablanca-Rio de Janeiro, na qual, três anos mais tarde, introduziu o Boeing 747. Nesse tempo era grande o tráfego da RAM com passageiros oriundos de aeroportos europeus, nomeadamente de Lisboa, num tempo em que a companhia marroquina tinha iniciado voos para a capital portuguesa. O hub de Casablanca tornava-se importante na rota dos portugueses, e de muitos outros europeus que pretendiam chegar ao Brasil, já que proporcionava preços muito mais baixos do que a generalidade da concorrência europeia e mesmo da desaparecida Varig, que se encontrava na rota Brasil-Portugal. A linha foi interrompida em 1992.
Depois de um período de reorganização da própria empresa, cujo capital social continua a ser estatal, a RAM tornou-se em 2012 na companhia líder nas operações entre a Europa e a África. No ano seguinte retomou os voos para o Brasil, desta vez com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na cidade de São Paulo. O objectivo principal é obter a liderança nos voos da maior cidade brasileira para qualquer destino africano, onde a sua rede cobre cerca de 30 aeroportos, incluindo Bissau (Guiné-Bissau) e Luanda (Angola). Os voos da companhia marroquina no próximo ano serão feitos com o novo Boeing 787 Dreamliner. O serviço de bordo está certificado, desde o ano passado, com o ‘Five Star Diamond Award’ concedido pela ‘American Academy of Hospitality Sciences (AAHS). Como factor preferencial, a RAM oferece aos seus passageiros “um generoso limite de peso para suas bagagens”, alerta a companhia, nesta sua presença na 42ªa ABAV, na cidade de São Paulo.
A RAM é uma empresa que presta serviços de modo precário sem dar qualquer suporte a seus clientes, os vôos estão muito distantes de serem confortáveis ou de ter um serviço five stars. Eu e minha família viemos para o Brasil e simplesmente perderam nossa bagagem (toda a bagagem composta por 4 malas) e não sabem onde elas estão e não tem qualquer assistência. Essa empresa deveria continuar voando somente em Marrocos e demitir esses executivos incompetentes que servem somente para contar mentiras em entrevistas.