Ricardo Conde é o novo presidente da Agência Espacial Portuguesa

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A Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space anunciou nesta segunda-feira, dia 4 de outubro, a nomeação de Ricardo Conde para presidente daquele organismo, cargo que já ocupava interinamente desde setembro, quando substituiu Chiara Manfletti.

Em comunicado, a agência refere que a escolha do novo presidente decorreu de um processo de seleção iniciado em outubro, depois da saída da cientista italiana Chiara Manfletti, que deixou a presidência para regressar à Agência Espacial Europeia, onde está a chefiar o Departamento de Políticas e Programas.

O concurso internacional para o cargo contou com um comité de seleção composto pelo ex-presidente da Fundação para Ciência e Tecnologia, Paulo Ferrão, um dos membros fundadores da Agência Espacial Portuguesa, o presidente do Centro Internacional de Investigação do Atlântico – Air Centre, Miguel Bello, e a anterior e primeira presidente da Agência Espacial Portuguesa, Chiara Manfletti.

Ricardo Conde, que desde 2019 integra a direção da Portugal Space, é licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e está ligado ao setor aeronáutico e espacial desde 1993, tendo participado em vários programas nacionais e internacionais.

Citado em comunicado, o novo presidente assegura que dará continuidade ao trabalho de Chiara Manfletti, trabalhando para que a agência possa “prosseguir com os grandes objetivos traçados para o reforço da capacitação da indústria espacial portuguesa e das instituições de investigação que atuam neste setor”.

Ricardo Conde recorda ainda os desafios associados à criação de uma agenda de industrialização do setor espacial, como o lançamento de uma constelação de satélites de observação da Terra, e de uma agenda de criação de uma política de dados de observação da terra.

“Esta industrialização do setor espacial, seja pelo desenvolvimento de capacidades ao nível dos micro-lançadores, criando condições de atratividade para captar empresas líderes Europeias para a sua operação, seja na procura de soluções no segmento da segurança espacial, nomeadamente num tema de futuro como a resolução dos problemas do lixo espacial, em que Portugal pretende ocupar uma posição de liderança, serão fundamentais para o nosso reposicionamento nas cadeias de valor internacionais”, sublinha.

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