O primeiro-ministro russo admitiu nesta segunda-feira, dia 9 de novembro, que Moscovo está a considerar a hipótese de atentado terrorista como uma das causas possíveis da queda do Airbus A321 russo, a 31 de outubro, no Egito, com 224 pessoas a bordo.
“A possibilidade de um atentado terrorista mantém-se, desde logo, como uma das causas do que aconteceu”, disse Dmitri Medvedev numa entrevista ao diário ‘Rossiskaya Gazeta’ a publicar nesta terça-feira, dia 10 de novembro.
É a primeira vez desde o desastre aéreo que um responsável russo se refere de forma direta a um atentado como causa, uma hipótese que outros países, como o Reino Unido e os Estados Unidos, dão quase como certa.
O chefe do executivo russo indicou que a investigação sobre as causas do acidente ainda está em curso e que se deve esperar.
Referiu-se também à decisão tomada na passada sexta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, de suspender todos os voos para o Egito até que se saiba porque se despenhou o aparelho da MetroJet pouco depois de descolar de Sharm el-Sheikh, na península do Sinai, com destino à cidade russa de São Petersburgo.
“A decisão é esta: ninguém quer estragar as férias a ninguém. As pessoas foram ali por um período determinado e devem continuar lá durante esse período, ou esses dias, e depois regressar, mas regressar de uma certa maneira [vivas]”, declarou.
De acordo com o decreto de Putin, desde sexta-feira, os aviões russos voam para o Egito vazios e regressam com passageiros, turistas russos que devem deixar para trás a sua bagagem, exceto a de mão, que seguirá noutros aviões.
O Governo russo estimou em quase 25.000 os turistas que regressaram do Egito desde que Putin suspendeu os voos para aquele país, o principal destino turístico dos russos.
Segundo as previsões do executivo, serão necessárias quase duas semanas para repatriar as dezenas de milhares de russos que se encontram a descansar no país árabe.
Por motivos de segurança, as bagagens estão a ser transportadas em aviões de carga fretados pelos Ministérios da Defesa e das Situações de Emergência, e da companhia aérea Volga-Dniepr.
O porta-voz do Kremlin revelou que o Reino Unido entregou à Rússia dados secretos sobre as causas da queda do avião de passageiros russo.
Os serviços secretos britânicos e norte-americanos consideram que foi colocada uma bomba no porão do avião.
- LINK notícia anterior relacionada