Especialistas em inquéritos a acidentes aéreos da Rússia, Alemanha e França chegaram neste domingo, dia 8 de novembro, ao Sinai, ao local onde se encontram os destroços do avião Airbus A321 da Kogalymavia/Metrojet que caiu no passado sábado, dia 31 de outubro, matando todos os 224 ocupantes.
O governo de Moscovo confirmou à agência nacional TASS que esse grupo trabalhará em estreita colaboração com as autoridades russas e egípcias e com as agências internacionais de segurança aérea e também da Airbus, na perspectiva de encontrarem entre os destroços alguma evidência que possa confirmar (ou não) as primeira perícias das caixas negras do aparelho que apontam na suspeita de que o avião caiu devido à explosão de uma bomba a bordo que quebrou o aparelho em duas partes.
Nas reuniões deste grupo internacional serão analisadas também diversas gravações de vídeos e de imagens que foram feitas pelos primeiros socorristas egípcios que chegaram ao local do desastre.
Rússia inspecciona aeroportos egípcios
Neste domingo a Rússia também anunciou que enviou para o Egito três equipas de especialistas em segurança de aeroportos que irão verificar as condições dos aeroportos do país, nomeadamente das estâncias balneares do Mar Vermelho, para onde se dirigem milhares de turistas, nomeadamente russos e britânicos. Esta auditoria é importante tendo em vista a retoma dos voos que estão actualmente suspensos. Está em curso uma autêntica ponte aérea organizada pela Rússia e pelo Reino Unido para retorno dos cerca de 120 mil turistas que na semana passada se encontravam no Mar Vermelho, em cujos aeroportos se suspeita haver infiltrações de extremistas islâmicos.
A proibição de voos e a recomendação dos governos de alguns países aos seus cidadãos de que passar férias nas estâncias balneares do Egito no Mar Vermelho pode ser perigosa, fez descer em cerca de 70% a ocupação das unidades hoteleiras da zona. Também o grupos TUI e Thomas Cook, os dois maiores operadores europeus de viagens de turismo, mostram-se preocupados com esta situação. Na passada sexta-feira, dia 6 de novembro, na Bolsa de Valores de Londres as acções das duas sociedades registaram uma preocupante baixa de valor.