O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na manhã desta segunda-feira, dia 17 de setembro, que o míssil que abateu o avião comercial da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17, em junho de 2014, foi produzido em 1986 e era, nessa ocasião, propriedade das Forças Armadas da Ucrânia.
O comunicado pretende desmentir as conclusões da comissão internacional de investigação ao acidente, liderada pela Holanda, que atribuem o disparo do míssil ‘Buk’ a uma plataforma de lançamento que estava a ser controlada pelo Exército da Rússia em território ucraniano (LINK notícia relacionada).
As autoridades de Moscovo dizem que confrontaram a numeração dos fragmentos do invólucro do míssil, encontrado entre os destroços do avião abatido com as suas listas de produção e chegaram à conclusão de que tinha sido vendido ao governo da Ucrânia, estando sob controlo do exército deste país.
O avião Boeing 777-200ER, matrícula 9M-MRD, viajava de Amsterdão/Schiphol, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi abatido próximo da cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, no dia 14 de julho de 2014. Morreram todos os 298 ocupantes do aparelho que sobrevoava uma zona de conflito, dada a confrontação no terreno entre guerrilheiros separatistas pró-Moscovo, apoiados pelas Forças Armadas da Rússia, contra o governo da Ucrânia. O presidente ucraniano, momentos após o desastre, considerou o acidente “uma provocação do Exército Russo”.