Russos e chineses juntos num novo avião widebody

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O construtor russo United Aircraft Corp (UAC) aliou-se à empresa chinesa Comac, para o estudo do design preliminar de um novo avião widebody com capacidade para 250 a 280 pessoas, que Moscovo espera colocar em serviço em 2025. De acordo com o presidente da UAC, Yury Slyusar, esta primeira fase deverá estar concluída em Julho, enquanto o ministro russo da Indústria e Comércio, Denis Manturov sugere o arranque do desenvolvimento em larga escala, no próximo ano. “Temos dinheiro para isto”, afirmou Manturov, referindo-se ao design preliminar, reconhecendo que, para a fase seguinte, serão necessários mais financiamentos no âmbito do ciclo orçamental de 2016-1018.

O projecto implica um programa de desenvolvimento de nove anos, a ser lançado em 2016, para uma entrada ao serviço do novo aparelho em 2025, no final de uma meta previamente traçada entre 2023 e 2025. Em Novembro último, Yury Slyusar, então ministro da Indústria e Comércio, disse que o avião faria o seu primeiro voo em 2021 ou 2022. Os custos de desenvolvimento estavam estimados em 13 mil milhões de dólares (11.500 milhões de euros), antes da recente desvalorização do rublo. A UAC e a Comac, ambas empresas estatais, assinaram um memorando de cooperação para este programa, em Maio de 2014, tendo o estudo de viabilidade sido completado no Outono, com resultados positivos. Recorde-se que a China e a Rússia estabeleceram um período de oito anos para o desenvolvimento dos seus narrowbodies, o C919 e o MS-21, respectivamente. Agora, estima-se que serão necessários 10 anos para tornar estes aviões operacionais.

De acordo com Yury Slyusar, a UAC deverá encarregar-se do desenvolvimento das asas em materiais compósitos e da cauda do futuro widebody, enquanto a Comac assegurará o fabrico da fuselagem. A subsidiária do construtor russo, Aerocomposit, desenvolveu a asa em fibra de carbono do MS-21, em cooperação com duas empresas austríacas, a FACC (controlada pela Comac) e a Diamond Aircraft. O presidente da UAC estima que o mercado precisará de 8000 widebodies até 2033, 1000 dos quais adquiridos por companhias aéreas chinesas.

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