Niall O’Connor, diretor de desenvolvimento de rotas da companhia de baixo custo irlandesa Ryanair, assina uma carta que foi enviada nesta semana a alguns aeroportos da França, onde a empresa opera, em que faz várias exigências, que diz serem condições imprescindíveis para a retoma de operações “assim que as restrições de viagem forem levantadas pelos Estados”.
A missiva foi revelada nesta quarta-feira, dia 22 de abril, pelo jornal digital francês de turismo ‘Pagtour’ que escreve que “o espanto deu lugar à raiva quando os proprietários dos aeroportos franceses descobriram, anteontem, a carta do seu cliente de Dublin”.
Nesta carta assinada por Niall O’Connor, a Ryanair diz que levará “pelo menos” três anos para retornar ao seu nível de atividade em 2019″.
Para o relançamento que a Ryanair está preparando, será necessário, continua esta carta muito ameaçadora, que os aeroportos cumpram as novas condições estabelecidas pela empresa. Ao contrário não contarão com os seus serviços!…
O jornal ‘Pagtour’ garante que essas condições são completamente insuportáveis para os pequenos aeroportos franceses (exemplos de Bergerac ou até Paris/Beauvais), já que essas plataformas vivem, na maioria das vezes, apenas dos impostos e de outras taxas cobradas nos seus aeroportos, onde o principal cliente é a Ryanair.
As exigências da Ryanair são as seguintes:
- Até o final de outubro de 2020, não serão cobradas taxas de desembarque ou taxas por passageiro transportado.
- De novembro a março de 2021, imposto de desembarque mantém-se nulo e a taxa de passageiro será reduzida para metade do valor normal.
- De abril a outubro de 2021, o imposto de passageiros cai para metade e não haverá cobrança de custos adicionais para a eventual abertura de novos destinos.
Na Bélgica, onde a Ryanair detém as suas maiores bases continentais, nos aeroportos de Bruxelas/Zavendem e em Charleroi, as autoridades locais temem que a Ryanair faça o mesmo tipo de exigências, que estão a ser classificadas pela imprensa francesa como de “chantagem odiosa”.