A companhia irlandesa de baixo custo Ryanair anunciou nesta quarta-feira, dia 4 de dezembro, que no próximo Verão vai encerrar as suas bases de Nuremberga, na Alemanha, e de Skavsta, na Suécia, e reduzir a capacidade noutras devido aos atrasos na entrega de aviões Boeing 737 MAX, modelo imobilizado devido a dois acidentes fatais registados em outubro de 2018 e em março deste ano.
“Lamentamos o encerramento destas duas bases e cortes menores na capacidade de outras bases, o que se deve apenas a mais atrasos na entrega dos nossos aviões Boeing MAX”, disse o administrador da Ryanair, Eddie Wilson, citado num comunicado.
O executivo assegurou que a empresa continua a trabalhar com a fábrica norte-americana de aviões e com os aeroportos afectados para “minimizar” os cortes na sua capacidade e as “perdas de empregos”.
A Ryanair já tinha indicado no mês passado que existia “um risco real” de não ter todos os aparelhos novos em 2020 e agora confirmou que só vai receber 10 aviões MAX em vez dos 20 previstos.
O grupo da Ryanair, que também inclui a austríaca Lauda, a polaca Buzz e a Malta Air, atingiu no fim de novembro o total de 141,2 milhões de passageiros, mais 11,9 milhões que no período homólogo de 2018 e, também, mais dois milhões que em todo o ano transacto, embora os últimos meses tenham sido de abrandamento do ritmo de crescimento.
A companhia calcula que vai transportar 156 milhões de passageiros até ao final do presente exercício fiscal, que termina em 31 de Março de 2021, o que a acontecer significa um milhão de passageiros abaixo do previsto.