Na proxima sexta-feira à noite, dia 14 de Agosto, a Ryanair deverá fechar a sua base no aeroporto de Billund, na Dinamarca (por onde passam milhares de visitantes para o parque temático Legoland), uma hora antes do boicote anunciado pelos sindicatos contra a companhia aérea de baixo custo, pela sua recusa em adaptar-se às condições de trabalho na Dinamarca. Desde a abertura do serviço para Copenhagen, esta Primavera, que a Ryanair tem estado “debaixo de fogo” por parte dos sindicatos e autoridades que a acusam de violar os direitos do trabalho no país.
Após o presidente da Câmara de Copenhagen, Frank Jensen, ter proibido os empregados do Município de utilizarem a companhia porque os seus baixos salários roçam o “dumping social”, a transportadora fez uma montagem em Photoshop do autarca vestido como a Maria Antonieta, dizendo “deixem-nos pagar tarifas altas!” e “deixem-nos comer bolo”, numa clara alusão ao episódio em que a rainha francesa, surpreendida com os pedidos de pão da população, exclamava: “porque não comem brioches?”
Em resposta o deputado social democrata Peter Hummelgaard publicou uma imagem do patrão da Ryanair, Michael O’Leary ainda mais depreciativa como podemos ver. ( imagem colocada por Perter Hummelgaard no seu twitter)
Após uma conferência de imprensa da Ryanair, em Copenhaga, na semana passada, em que alguns dos seus pilotos elogiaram as suas condições de trabalho, os sindicatos vieram a terreiro dizer que eles não tinham os mesmos contratos do que a maioria dos empregados da companhia que auferem salários de 500 euros por mês. “O estilo de gestão da Ryanair é o medo”, disse Morten Windelov, piloto da Ryanair de 2007 a 2011, e actualmente um dos líderes da campanha sindical para persuadir a companhia a negociar. “Não comentamos afirmações falsas de antigos pilotos.
O facto é que a Ryanair tem uma lista de espera com mais de 5000 pilotos e assistentes de bordo que quer trabalhar connosco”, contrapôs a low cost irlandesa.