Face à grande dificuldade em recrutar pilotos na Europa, a companhia de baixo custo irlandesa Ryanair lançou uma campanha para seleção de pilotos na República da África do Sul, noticia imprensa deste país.
A companhia irlandesa está a anunciar a realização de um roadshow nas duas principais cidades da África do Sul – Joanesburgo e Cidade do Cabo – para o final do corrente mês de fevereiro.
Os pilotos que se candidatem e obtenham a aprovação da companhia serão convidados a mudarem-se para a Europa, onde deverão depois fazer novos testes e certificações de acordo com a legislação aeronáutica europeia para poderem pilotar os aviões da Ryanair, companhia que nos próximos seis anos passará de uma frota de 425 para 580 aviões.
A Associação dos Pilotos de Linha Aérea da África do Sul recusou-se a comentar esta presença da companhia irlandesa na África Austral. William Rooken-Smith, presidente da associação, disse a um site sul-africano de notícias de aviação, que “apesar das recentes questões laborais, a Ryanair está a necessitar de recrutar mais pilotos, pois está se expandindo para preencher uma lacuna deixada por companhias aéreas que faliram na Europa”. No entanto, assegurou que a associação está atenta às condições de trabalho que serão oferecidas aos pilotos de nacionalidade sul-africana, onde diversas companhias trabalham com aviões Boeing 737, o modelo que a companhia europeia utiliza.
A procura de pilotos em países distantes, como a África do Sul, ocorre num momento em que a Ryanair, com sede em Dublin (Irlanda), luta com os sindicatos na Europa que pretendem melhores salários e condições laborais para as tripulações. Enquanto a operadora chegou a um acordo no Reino Unido, Michael O’Leary, presidente executivo da companhia, advertiu que está preparado para lidar com as exigências dos sindicatos que pretendem comprometer o sistema de sucesso das companhias de baixo custo como a Ryanair.