SAA vai receber este ano dois A350-900 para a rota Joanesburgo-Nova Iorque

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A South African Airways (SAA) anunciou no fim-de-semana passado que vai adicionar à sua frota de longo curso dois aviões Airbus A350-900 XWB, que serão alugados a uma empresa de leasing internacional pelo período de três anos já a partir do segundo semestre deste ano.

Os dois aviões, que deverão chegar novos de fábrica à companhia sul-africana, estão destinados à linha Joanesburgo-Nova Iorque/JFK, nos EUA, uma das rotas intercontinentais mais concorridas da companhia e que está a ser voada com aviões Airbus A340-600, com mais custos e menor rentabilidade. O Airbus A350-900 permitirá uma viagem sem escalas, ao contrário do que acontece atualmente, com mais conforto para os passageiros e melhor oferta em termos da operação da aeronave e das condições e bem estar na cabina, fruto da alta tecnologia utilizada na sua construção e, também, aos progressos verificados ao nível dos motores, que proporcionarão uma poupança de cerca de 20% nos custos do combustível por viagem, além dos seus programas de manutenção serem menos frequentes, o que, naturalmente, representa poupança para a companhia aérea.

Os A340-600 deverão abandonar a frota da SAA, devido aos custos operacionais elevados.

A SAA teve um mês de junho muito agitado. O presidente executivo Vuyani Jarana demitiu-se no passado dia 7 de junho, depois de um período de mau relacionamento com o Governo da República da África do Sul, responsável pela gestão da empresa que é constituída por capitais públicos.

No ano passado Jarana tinha anunciado que a SAA necessitava de 957 milhões de dólares para poder pagar os muitos credores e estabilizar a empresa para arrancar para um novo período de expansão e consolidação que permitisse ser uma companhia aérea viável e para deixar de ser um peso para o Estado sul-africano. Embora tivesse concordado com o plano de recuperação e de desenvolvimento estratégico apresentado por Jarana, o Governo colocou à disposição dos gestores da companhia aérea de bandeira a importância de 432 milhões de dólares, apenas em outubro, e que nem correspondeu a metade do valor solicitado e considerado razoável para recuperar a companhia.

A tudo isso juntaram-se as greves do pessoal navegante de cabina e dos mecânicos de manutenção aérea da companhia, que voltaram a lançar o caos nas operações. Vuyani Jarana demitiu-se, tendo a tutela nomeado Zuks Ramasia, que era diretor de Operações da companhia, para o lugar de presidente executivo interino.

 

O anúncio da chegada dos dois Airbus A350-900 foi feito por Ramasia, que apontou o dedo aos altos custos de operação dos A340-600 e disse que o melhor será mesmo deixarem de operar. A imprensa sul-africana fala em modernização de frota, mas isso implica custos e investimento que, agora, ninguém sabe se haverá.

A SAA, que já foi a maior companhia aérea do continente africano, tem presentemente uma frota constituída por 47 aviões, a maioria da Airbus – A319, A320 e A330 dos modelos 200, 300 e 600. Tem ainda alguns Boeing 737-700. Voa para 50 destinos nacionais e internacionais. Na República da África do Sul a SAA tem um acordo de parceria total com as companhias subsidiárias SA Express (voa para destinos regionais no continente africano) e Mango, esta dedicado a voos de baixo custo no interior do território sul-africano, nomeadamente nas ligações de Joanesburgo para cidades de grande tráfego, como a Cidade do Cabo e Durban, entre outras.

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