O acidente fatal que envolveu um Lockheed Martin C-130J da Força Aérea norte-americana, no Afeganistão, às 0h19 (hora local) do dia 2 de Outubro, foi o sexto a provocar uma perda total de um “Super Hercules” e o primeiro em que morreram militares americanos. Um total de 11 pessoas – seis elementos da tripulação do avião de transporte táctico e cinco civis – morreram quando o avião se despenhou, pouco depois de ter descolado da Base Aérea de Jalalabad, a este de Cabul. O avião estava destacado no 774º Esquadrão Expedicionário de Transporte Aéreo.
A única perda total de um avião deste tipo da Força Aérea norte-americana ocorreu em Maio de 2013, quando um dos aparelhos saiu da pista na Base Operacional Avançada de Shank, cerca de 50 milhas (92,6 quilómetros) a sul da capital afegã, Cabul. Os 11 ocupantes, passageiros e tripulação, não sofreram ferimentos, mas o avião – que foi avaliado por alto em 74 milhões de dólares (65,9 milhões de euros) – foi abatido ao inventário. Outro acidente sem fatalidades, em Fevereiro de 2007, foi registado como a primeira perda total de um C130J. As forças britânicas destruíram um aparelho da Royal Air Force após ter ficado seriamente danificado por um engenho explosivo improvisado, que foi detonado quando aterrou numa pista remota do Iraque.
As restantes três perdas totais de C-130J registadas até à data, envolvem vítimas, num total de 14 tripulantes. Os referidos acidentes resultaram do despenhamento de aviões das forças aéreas de Itália, Noruega e Índia, tendo ocorrido entre Novembro de 2009 e Março de 2014. A base de dados da Flightglobal Fleets Analyzer regista 323 C-130J e seus derivados em uso activo em todo o mundo, com 15 nações a operar este tipo de avião. Destes, a USAF opera a maior frota, com 160 aparelhos ao serviço.