Sindicato dos pilotos diz que a TAP cancelou 30 voos na Páscoa

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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) disse nesta segunda-feira, dia 18 de abril, que foram cancelados 30 voos da TAP na Páscoa, “muitos relacionados com inexistência de pilotos disponíveis”, de acordo com um comunicado.

“A Direção do SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil alerta, mais uma vez, para a situação que ocorreu na época de Páscoa, com mais um fim de semana complexo na operação TAP devido ao cancelamento de cerca de 30 voos, muitos relacionados com inexistência de pilotos disponíveis”, lê-se, na mesma nota.

O SPAC alega que existem “manobras criativas do Serviço de Escalas para retirar os voos planeados, substituindo por pilotos de assistência”, e fala em “operações em que foram, inclusivamente, detetadas inverdades comunicadas aos pilotos e estratégias pouco claras para viabilizar a operação contra o AE [acordo de empresa]”.

Além disso, indica o sindicato, houve “tentativas de pressão a oficiais pilotos, alegando que o comandante de determinado voo tinha aceitado a antecipação de um voo, após a negação de antecipação por parte do oficial piloto”.

O SPAC fala ainda em “insistências em tentativas de viabilização de voos recorrendo a comandantes com funções de solo, inclusivamente planeados à direita em sede de planeamento”, acrescentando que, “após contactos institucionais dos delegados sindicais, exercendo o previsto na lei geral de trabalho no sentido se inteirarem da situação operacional em cada momento, foi negada resposta cabal ou qualquer justificação até à data sobre as ações pouco claras constatadas durante o fim de semana”.

“Este modo de operação pouco ético demonstra que os pilotos são indispensáveis para a viabilização da TAP e, acima de tudo, demonstra que os problemas da TAP são claramente alheios aos pilotos, sendo da exclusiva responsabilidade da gestão da empresa”, garante o SPAC.

De acordo com o sindicato, “a apresentação de contas de 2021, com a inclusão da imparidade sobre o ’empréstimo’ de quase 1.000 milhões de euros nos anos anteriores, resultantes do trabalho da TAP SA, demonstra que as condições laborais dos pilotos não só não eram o problema, como ainda permitiram sustentar negócios ruinosos”.

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