Os dez sindicatos que constituem a comissão intersindical que negoceia em nome dos trabalhadores da Air France, não cederam perante os argumentos dos responsáveis pela companhia aérea e pelo grupo aéreo Air France-KLM, e mantêm a convocação da greve de quatro dias a partir de 23 de junho.
Nenhuma das propostas apresentadas na quinta-feira, dia 14 de junho, obteve a concordância dos sindicatos (LINK notícia relacionada).
Anne-Marie Couderc que substituiu interinamente o anterior presidente executivo da Air France-KLM, Jean-Marc Janaillac, informou os sindicatos de que está prevista para o início de julho a nomeação do novo executivo.
Durante a reunião, que contou também com a presença do presidente executivo da Air France, Franck Terner, foram apresentadas uma série de medidas específicas aprovadas pelo Conselho de Administração em relação a aspectos não relacionados com questões salariais, nomeadamente a renovação de instalações no Aeroporto de Paris/Orly, de apoio aos funcionários que trabalham na pista, e até… a disponibilização de mais instalações sanitárias (casas de banho/banheiros) nos edifícios da Air France.
O grupo intersindical informou, em comunicado, distribuído após as reuniões, que a companhia não tinha anunciado qualquer medida relativa à reavaliação salarial, recusando-se a valorizar algumas das medidas apresentadas. Por tudo isso, os sindicatos confirmaram que mantêm a greve entre os dias 23 e 26 de junho e que se reencontrarão no próximo dia 18 para fazer um ponto da situação.
O grupo Air France-KLM fechou o primeiro trimestre deste ano com um saldo negativo de 269 milhões de euros, mais 88% do que no mesmo período de 2017. O governo francês, que controla uma participação de 14,3% no grupo de companhia aérea nacional, já informou de que não irá ajudar a diminuir o défice e mostrou a sua intenção de deixar a empresa. Entretanto, a Accor Hotels confirmou interesse em entrar no grupo aéreo franco-holandês.