O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) discorda da privatização total da TAP, defendendo uma “posição de equilíbrio” entre público e privado, de acordo com um comunicado divulgado nesta quarta-feira, dia 20 de setembro.
A nota segue-se às declarações, esta terça-feira, do primeiro-ministro, António Costa, no parlamento, em que admitiu essa hipótese.
“Este sindicato não concorda com a privatização total da TAP, defendemos sim uma posição de equilíbrio que seja entre público e privado, pois o Estado português pode e deve ter um papel ativo e importante na TAP”, assegurou o Sintac.
O sindicato defendeu que a TAP “é uma empresa de âmbito nacional com fundamentos estratégicos muito importantes para o país dado o seu posicionamento geográfico” além de ser “um dos grandes pilares do PIB [Produto Interno Bruto] português, gerando milhares de postos de trabalho diretos e indiretos”.
Por isso, a estrutura sindical considera “um erro por parte do Governo considerar uma privatização a 100% mesmo que fique assegurado o hub de Lisboa”.
O sindicato defende, assim, uma TAP “com domínio público”, pois entende que se a companhia dependesse dos privados “a TAP já não existiria”, concluiu.
O primeiro-ministro colocou nesta terça-feira a hipótese, entre diferentes cenários, de privatizar a totalidade do capital da TAP, apesar de indicar que o montante ainda não foi definido e irá depender do parceiro escolhido.