SITAVA diz que lucros da TAP foram conseguidos “à custa do sacrifício dos trabalhadores”

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O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) considera que os lucros de quase 66 milhões de euros que a TAP registou em 2022 foram obtidos “à custa do sacrifício dos trabalhadores sem olhar a meios”.

Num comunicado distribuído nesta terça-feira, dia 21 de março, a estrutura sindical referiu que a TAP, “pese embora a situação em que se encontra a sua gestão, apresentou hoje os resultados do passado exercício, referente ao ano de 2022”, referindo que “eram evidentes os sinais de felicidade por estarem a anunciar tal proeza”.

“Como é óbvio, da nossa parte e da parte dos trabalhadores, todos sentem que o seu trabalho e sobretudo os seus enormes sacrifícios se traduziram em resultados positivos no valor de mais de 60 milhões de euros”, garantiu o SITAVA.

“Mas como todos nós bem sabemos, por trás deste resultado estão opções com as quais discordamos profundamente”, assegurou, salientando que “este resultado é fruto dos cortes salariais e do aumento das cargas de trabalho” que “estão a ser violentamente impostas”.

“É um resultado conseguido todo ele à custa do sacrifício dos trabalhadores sem olhar a meios”, referiu o SITAVA.

O sindicato disse que tem sido referido que o plano de reestruturação “é para cumprir à risca, mas neste caso como se tratava de massacrar os trabalhadores, já optaram por não o cumprir e antecipá-lo dois anos”.

Segundo o SITAVA a o plano de reestruturação “está a estrangular a empresa e o que sobra destes 60 milhões é a prova cabal” do que afirma, apontando “trabalhadores castigados, desmoralizados e sem esperança”.

“Têm lucros, mas não têm trabalhadores. Querem aumentar a operação, mas não têm trabalhadores. Querem fazer crescer a empresa, mas não têm trabalhadores”, criticam os sindicalistas.

“A TAP, com a opção pelos lucros antecipados, abriu guerra aos trabalhadores, e hoje há trabalhadores a trocarem a TAP por um emprego decente onde se pague um salário completo e não haja a ameaça permanente de destruição de direitos”, lamentou o SITAVA.

Por fim, o sindicato indicou “a guerra aberta contra os Acordos de Empresa querendo impor condições de trabalho do século passado, como é o caso do banco de horas e da adaptabilidade, que até já foi banido do próprio Código do Trabalho, são bem o exemplo do que esta, ainda administração, quer para o futuro da TAP e dos trabalhadores”.

A TAP obteve um lucro de 65,6 milhões de euros em 2022, informou hoje a companhia que regressou aos resultados positivos após prejuízos de 1.600 milhões em 2021 e antes do previsto no plano de reestruturação (LINK21 notícia relacionada).

 

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