O Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) pretende que a SATA Internacional assuma os voos que a TAP vai deixar de fazer à partida do Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto, que ligam a capital do Norte de Portugal a Barcelona, Bruxelas, Milão/Malpensa e Roma.
“Pugnaremos pelo retorno da SATA Internacional às rotas que saem do aeroporto do Porto”, diz o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), em comunicado divulgado na quarta-feira, dia 17 de fevereiro. O sindicato lembra que a Ryanair anunciou na terça-feira que vai iniciar uma nova operação com voos a partir do Porto para aqueles destinos, “rotas que foram suspensas pela TAP”.
O SNPVAC alerta para a existência de uma “companhia aérea de bandeira da Região Autónoma dos Açores, a SATA Internacional” e, de forma de certo modo irónica, relembra aos “mais incautos que existe uma companhia aérea portuguesa que já explorou rotas a partir do Porto e que poderia naturalmente ocupar o espaço deixado pela TAP”.
O sindicato defende que esta companhia aérea “tem um custo de operação para estas rotas bastante inferior ao da companhia de bandeira nacional, e poderia, desta forma, ajudar a criar uma plataforma giratória (hub) complementar a Lisboa”.
Além disso, esta solução permitiria aumentar a empregabilidade em Portugal, tendo em consideração que a Ryanair exige que os contratos de trabalho, incluindo os de trabalhadores portugueses, tenham domicílio fiscal na Irlanda.
O sindicato questiona o Presidente da Câmara Municipal do Porto sobre se irá exigir ao Governo da Região Autónoma dos Açores que assuma este lugar, lembrando que a SATA contribui para a Segurança Social e não sujeita os seus trabalhadores a situações precárias, factos de que acusa a Ryanair.
“Esta companhia de aviação Irlandesa, que comprovadamente sujeita os seus trabalhadores a situações precárias e não efetua o pagamento de impostos para a Segurança Social, e outros, em Portugal, decidiu substituir-se à TAP na satisfação do interesse nacional, nomeadamente na Região do Norte do país”, lê-se no comunicado da estrutura sindical.