STAMA e STTAMP defendem controlo do Estado Português na TAP

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Dois sindicatos, um com sede em Lisboa e outro com sede no Porto, criticaram nesta quarta-feira, dia 17 de junho, a estratégia “apressada e de gigantismo” do governo que “resultou numa venda (fora de horas) a preço de saldo, da maioria do capital da TAP, e a consequente entrega da administração da companhia, a um acionista privado, cujos objectivos expansionistas se revelaram totalmente ruinosos”.

“Com a crise no sector da aviação, provocada pala pandemia COVID-19, cedo se percebeu que a estratégia delineada pela atual administração da TAP, passou por provocar uma ‘volumetria’ artificial da empresa, fazendo-a parecer o que não é, servindo essa ‘volumetria’, ao que tudo leva a crer, como cenário atrativo a hipotéticos investidores externos, intuindo-se daqui uma futura venda da empresa, com base em rotas apetecíveis à vista desarmada, mas na realidade pouco rentáveis, gerando assim (aparente) lucro fácil mas gerando, de facto, perdas avultadas ao acionista estado e consequentemente a Portugal’.

O STAMA (Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação) e o STTAMP (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto) consideram ainda que a “estratégia utilizada, até agora, não trouxe grandes dividendos ao turismo português, por tornar Portugal meramente num ponto de passagem para algumas horas, não servindo o turismo nacional de norte a sul do País”.

“É portanto, nesta fase crítica da vida da TAP em que nos encontramos, que vemos com bons olhos que o Estado passe a assumir os destinos da empresa, salvaguardando os interesses dos trabalhadores e da companhia aérea nacional, que é e será sempre, um embaixador de Portugal no Mundo”, defende o comunicado conjunto das duas estruturas sindicais.

Sobre o programa de reestruturação que está em curso e que foi anunciado pelo Governo da República, dizem os sindicatos: “Estamos conscientes que será um processo complexo e exigente, mas saberemos estar á altura das nossas responsabilidades, com resiliência e determinação, respeitando os muitos trabalhadores que representamos e que depositam em nós a confiança necessária para os desafios que teremos que enfrentar.”

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